TUDO NO MOLE PARA CLUBES DE FUTEBOL!!
GRANDES EMPRESAS PAGAM E BRIGAM MUITO!!
Muitas exigências para construir o Shopping Wallig |
Favelas e falta de vias? Nada impediu a construção da Arena |
Há pouco tempo passei pela frente da Arena. O trajeto é um horror!! Claro que não poderiam realizar os jogos da Copa das Confederações com aquela vizinhança. E, acredito, não poderiam permitir jogos e eventos lá, até que tudo esteja civilizado.
Afinal, não há tanta pressa assim: o Grêmio ainda poderia dispor do Estádio Olímpico.
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Não sei se o leitor imagina o que os órgãos oficiais fazem quando um grande grupo empresarial quer, por exemplo, construir um shopping ou até mesmo ampliar um já existente. Exigem mundos e fundos.
Só para terem uma ideia, o Grupo Zaffari penou para construir o Bourbon Shopping Wallig, na zona norte de Porto Alegre.
Teve que fazer todas as vontades dos técnicos da Prefeitura.
O Grupo Zaffari planejou a mobilidade urbana e os impactos no trânsito do entorno do Wallig. Mais de 1,5 Km da avenida Grécia foram totalmente remodelado entre a rua Jarí e a avenida do Forte, recebendo um novo canteiro central em sua maior parte. Na avenida, foram executados 26 mil m² de pavimentação e 8,60 mil metros lineares de meio fio. Foram abertos três trechos novos na Grécia e alargada a via. Foi refeita toda a rede de água e esgoto e a iluminação pública.
Outras ruas também receberam melhorias, entre elas, as ruas Thadeo Onar, Carneiro da Fontoura, Antônio Joaquim Mesquita e a Avenida Joaquim Mesquita. A avenida Francisco Trein foi alargada para receber corredor de ônibus. O Grupo construiu ainda uma subestação de saneamento básico própria, para não depender da distribuição da região.
Mais um pouco: com a construção do Bourbon Shopping Wallig também foram construídos pontos de coleta seletiva de resíduos com central de triagem, sistema de contenção temporária das águas da chuva com capacidade de 1,15 milhão de litros e um projeto de sinalização para ser aplicado nas ruas e avenidas envolvidas no acesso ao complexo, assim como no entorno do empreendimento.
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Rigorosamente isto acontece quando da ampliação e construção dos shoppings da cidade - Iguatemi, BarraShoppingSul, etc.
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Tratamento completamente diferente recebem os milionários - e devedores - clubes de futebol de Porto Alegre.
Confiram apenas as obras que estão feitas no entorno do Beira-Rio. TODAS as obras com recursos públicos. Claro que são melhorias para a cidade, mas os clubes só entram com palpites e exigências. A Prefeitura pena para tocar as obras.
Enquanto isso a direção do clube paga salários milionários para jogadores pernas-de-pau e falsos executivos. Joga dinheiro no esgoto, sem escrúpulos, sem nada.
Não pagam nem o INSS, há décadas. Mas, exigem, e muito, das administrações públicas.
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Agora, os dirigentes do clube se tocaram que é inviável continuar utilizando a Arena como está.
Lembram? Decidiram fazer o estádio ali, no meio da favela, e pronto. A Prefeitura não se meteu, como faz com os grandes empresários.
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O RACIOCÍNIO DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE:
Estádio? Toca a obra, não quero nem saber!!
Shopping? Ah, vai ter que fazer tudo o que queremos!!
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Leiam, agora, esta notícia de ontem do UOL:
A direção do Grêmio, da Arena, e representantes dos poderes municipais se reuniram nesta segunda-feira para debater melhorias no entorno do novo estádio gremista. A troca de ideias apontou a necessidade de ao menos R$ 100 milhões para dar condições à região. Porém, a verba ainda não está prevista em orçamento.
São, ao todo, 18 itens apontados pelo Grêmio. Um estudo elaborado pela prefeitura, também, previu a necessidade de duplicação de vias que dão acesso ao estádio. Entre elas, só a Voluntários da Pátria está sendo duplicada. As demais avenidas não tem previsão para isso.
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Hahahaha!!!! Eles exigem as obras!!
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Leia esta joia que está no Correio do Povo online:
O presidente do Grêmio, Fábio Koff, pediu que as autoridades façam uma união pelas obras de mobilidade urbana e de infraestrutura no bairro Humaitá. Segundo Koff, não adianta o Grêmio se estabelecer e ficar a margem do problema social da região. “Queremos um ambiente socialmente justo e isso somente poderá acontecer com a melhoria da infraestrutura urbana”, destacou o presidente.
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É um humanista, com o dinheiro público!!
O Brasil vendeu a alma ao diabo e às empreiteiras em troca de uma dúzia de estádios pra Copa do Mundo. Alguns bilhões no ralo por causa de 30 dias. Como não dava pra varrer a favela pra baixo da Arena, a Copa foi pro Beira-Rio.
ResponderExcluirEsses dirigentes são uns fanfarrões. Ganham verdadeiras fortunas com a televisão e outras receitas, mas sempre dão um jeito de terminar o ano no vermelho. Sabem a razão pra isso acontecer? Porque sempre tem o governo para salvá-los. Perdão de dívidas tributárias e previdenciárias, segurança de graça da Brigada Militar apesar da dona do estádio ser uma empreiteira, exigências de obras no entorno, que tetão gostoso o governo tem, também quero mamar um pouquinho.
ResponderExcluirLuis