UMA LEI BURRA,
MAS TEM PORTO-ALEGRENSE
MAS TEM PORTO-ALEGRENSE
QUE ACHA O MÁXIMO!! - 2
O pitaco do Marko Petek, direto da Suiça.
Em primeiro lugar, ontem ouvi dizer que a lei de Porto Alegre segue a lei suiça em relação a espaçamentos de antenas e torres. Se for isto ótimo, já que moro na Suiça e jamais tive problemas com meu celular. Portanto este argumento me parece falho.
Além disto ontem me dei conta de que jamais enxerguei uma torre de celular por aqui. E para confirmar esta suspeita, passei a procurar por onde andei ontem e hoje alguma indicação da existência de uma torre ou antena. Nada, absolutamente nada.
Como o Ricardo Rothfeld já explicou na sexta, o efeito da radiação emitida pela torre é mínimo. Verdade que não me sinto confortável quando estou próximo a ela, em um raio digamos de uns 10 metros. Mas depois disto o efeito se dissipa.
Mas o pitaco que eu gostaria de dar é que estão apontando para o vilão errado. O real vilão é sim o aparelho de celular que nós carregamos junto ao corpo o tempo inteiro.
Veja bem Prévidi. O sinal emitido pela torre não é um sinal que sai dela, entra no nosso celular e retorna para ela. Não. Ele é apenas da torre para o nosso aparelho. Assim como o sinal da televisão entra em nossa casa, em nosso aparelho de tv mas não retorna para a antena.
Então o sinal da antena se espalha no ambiente e chega ao nosso celular. A antena é bem poderosa e pode enviar o sinal dela a uma grande distância. Além disto esta ligada a energia elétrica, portanto não lhe falta alimentação.
Agora, para que o sinal de nosso aparelho celular viaje até a antena, carregando a nossa voz, nosso pequeno aparelhinho tem que transmitir com uma potência bem considerável. Senão apenas ouviriamos mas não conseguiriamos falar (estou simplificando aqui). Portanto este aparelhinho, que fica grudado em nosso ouvido, a poucos milímetros do nosso cérebro está sim emitindo uma radiação bem desconfortável. E quanto mais longe estiver a antena, mais potência ele irá consumir. Eu sempre que posso, mantenho meu aparelho a alguma distância de mim.
Em meus tempos de professor de redes de computadores na Ulbra, gostava de mostrar para os alunos a interferência que um celular causa no meio-ambiente e que não percebemos. São preciso equipamentos especiais para medir isto (ou improvisar com um radinho de camelô). Era uma daquelas atividades que eu tinha certeza de que os alunos gostariam e sempre faziam sucesso.
Tudo isto quer dizer que as informações não fecham. Se o padrão de Porto Alegre segue o da Suiça, então não é preciso mexer na lei. Porém se fosse preciso mexer, na realidade estaria se reduzindo os riscos para a saúde, já que nossos aparelhos celulares não necessitariam transmitir com tanta potência, para alcançar antenas que estão lááá loooonge.
O que eu gostaria mesmo de saber é porque no Brasil se paga um absurdo pelo serviço celular (até 4 vezes mais proporcionalmente do que eu pago aqui), com péssima qualidade e ainda jogando a culpa nas leis urbanas. Eu tenho várias convicções e informações sobre isto, mas ficaria muito longo de explicar. Só digo o seguinte: dá para melhorar a qualidade várias vezes com as leis que estão aí. E dá para baixar muito o preço (e não me venham com a lenga-lenga dosi impostos).
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