E DAÍ, MELHOROU?
OU A MATANÇA VAI CONTINUAR?
Quando José Francisco Mallmann foi nomeado secretário da Segurança Pública do RS, no período de dona Yeda, convidou vários jornalistas para um encontro. Fui de curioso, porque tenho muito pouco a ver com a área. Mallmann fez uma peroração sobre os malefícios do álcool. Nada de novo, todos que estavam lá conheciam o que ele apresentou.
Mas, o mais interessante é que ele se comprometeu a realizar uma cruzada contra o álcool, banindo as bebidas da vida dos gaúchos. O cara esbravejava!! Era o mal dos povos, tipo coisa do demônio!!
Lembro que perguntei a ele sobre os traficantes que oferecem seus produtos em todas as esquinas de Porto Alegre, especialmente na Cidade Baixa. Disse a ele: "Até as árvores conhecem os traficantes na Cidade Baixa". Ele não deu bola. O negócio dele era implantar a lei seca.
Claro que o "plano Mallmann" não saiu do papel. Os crimes continuaram aumentando nos finais de semana e cada vez mais morriam inocentes nas estradas e ruas.Os bebuns continuavam dirigindo, porque não acontecia nada, mesmo que matassem inocentes. Sempre foi assim, crimes de trânsito não são crimes, o cara não ia pra cadeia.
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O tempo passou e, agora, o negócio é sério. Motorista não pode nem tomar uma simples Olina, porque tem álcool. Muito menos enxaguar a boca com antisséptico, depois de escovar os dentes. Tem álcool? Não pode!! Se o infeliz comer um bombom de licor e inventa de dirigir tem o carro recolhido, tiram a carteira e vai em cana. Só sai pagando uma gorda fiança.
O que aconteceu? Pelo menos as pessoas que convivo não arriscam mais. Se há a possibilidade de beber alguma coisinha, o cara vai de táxi. Ou não vai.
É legal isso.
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Já faz um bom tempo que está essa rigidez.
No entanto, toda segunda-feira ouço nas rádios o balanço dos finais de semana. Os acidentes com mortes, de sexta a domingo, nas estradas e avenidas do Rio Grande do Sul, não baixam de 10. Nos feriadões é um horror!! Cada vez morre mais gente!! E não vou falar nem nos assassinatos, uma estatística assustadora, principalmente na Grande Porto Alegre - proporcionalmente, de dar inveja ao Rio e São Paulo.
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Repito que é muito legal esse rigor com os bebuns. Mas não há a menor preocupação com os sujeitos que usam outras drogas, as mais variadas. Sei que em São Paulo tem um bafômetro que pega esses malandros, mas o número desses aparelhos é insignificante.
Olha, se tivesse esse bafômetro completo em todo o país, aí sim, começaria a levar a sério!!
Só caretão iria dirigir!!
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Mas, infelizmente, os crimes no trânsito continuariam, porque o sujeito quando tem tendências suicidas não tem jeito. Vai continuar matando até os filhos, como acontece todo final de semana.
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Sobre a pergunta do título: Não melhorou nadica de nada!!
Aí chego a conclusão, infelizmente, de que não tem jeito.
A matança vai continuar!!
Considerando que não há como proibir a produção de bebidas alcoólicas sob pena de se criar os tão conhecidas contrabandistas desse produto como o foi Al Capone acredito que o caminho seja elevar e bastante os percentuais de tributos que incidem sobre referidos produtos fazendo com que os que o consomem financiam o atendimento médico hospitalar das vítimas de acidentes.
ResponderExcluirO que não temos é o policiamento Preventivo/Ostensivo em nossas rodovias, tanto estaduais quanto as federais.
Cito apenas um exemplo. A Estrada do Mar que liga Osório a Torres fora do veraneio fica completamente despoliciada. A polícia rodoviária nesse período só é vista DEPOIS de ocorridos os acidentes.
Sabemos todos que se estiver essa polícia no presente caso na rodovia de FORMA OSTENSIVA os irresponsáveis certamente pisariam mais leve nos aceleradores de seus carros e assim menos acidentes ocorreriam.
Ao invés disto essa polícia dá uma de bandido se escondendo atrás de macegas a fim de ferrar quem excede a velocidade.
Concluo que se essa polícia FIZER SUA OBRIGAÇÃO CONSTITUIONAL os acidentes seriam em número infinitamente menor assim como o número de vítimas.