Sexta, 12 de abril de 2024

 

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especial

Nesta sexta, uma cesta
de
 dick  farney


No auge da fama
era o Sinatra brasileiro



Apesar de ser um astro, era uma pessoa discreta e tímida.
Era um homem muito carinhoso com a família.





Dick Farney (Farnésio Dutra e Silva)  nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de novembro de 1921. Além de uma voz inimitável, era exímio pianista e compositor.

Aprendeu música erudita com o pai e a mãe lhe ensinava canto.


Com 16 anos estreou como cantor no programa Hora Juvenil, na rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, quando interpretou a canção "Deep Purple", de Pete DeRose. Foi levado por César Ladeira para a Rádio Mayrink Veiga, passando a apresentar o programa Dick Farney, a Voz e o Piano. O conjunto Os Swing Maníacos, formado por Dick, tinha ao lado o irmão Cyll Farney, na bateria, e acompanhou Edu da Gaita na gravação da música "Canção da Índia", do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov (1844–1908).


De 1941 a 1944, foi crooner da orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, no tempo em que o jogo era permitido no Brasil.


Em 1946, foi convidado para ir para os Estados Unidos, depois do encontro com o arranjador Bill Hitchcock e o pianista Eddie Duchin, no Hotel Copacabana Palace. Nesse período, gravou o famoso tema jazzístico "Tenderly", considerado a primeira gravação mundial. Entre 1947 e 1948, fez várias apresentações na Rádio NBC, principalmente como cantor fixo no programa do comediante Milton Berle. Em 1948, apresentou-se com sucesso na boate carioca Vogue.


Em 1956, gravou ao vivo o show "Meia-Noite em Copacabana", bem ao estilo da Broadway, lançado pela gravadora Polydor, com temas americanos e brasileiros, que é considerado um marco para a Bossa Nova, devido à mistura de samba e jazz. Em 1959, era exibido o programa de TV Dick Farney Show, na TV Record de São Paulo. Em 1960, formou a banda Dick Farney e sua Orquestra, que animou muitos bailes.


Em 1964, com o advento da Bossa Nova, gravou, a convite de Aloysio de Oliveira, pela gravadora Elenco, o disco Dick Farney (Elenco ME-15), com a participação especial de Norma Bengell na faixa solo "Vou Por Aí" (Baden Powell e Aloysio de Oliveira) e em dueto na faixa "Você" (Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli).

Em 1965, apresentou o programa Dick e Betty na recém-inaugurada TV Globo do Rio de Janeiro, ao lado de Betty Faria. Ainda nesse ano, voltou a gravar o segundo disco pela Elenco o LP Dick Farney: Piano, Gaya: Orquestra. Entre 1977 e 1987, Gogô passou a ser seu pianista acompanhador.


Foi proprietário das boates Farney's e Farney's Inn, ambas em São Paulo. Em 1971, formou um trio com Sabá (contrabaixo) e Toninho Pinheiro (bateria). Entre 1973 e 1978, tocou piano e cantou na boate Chez Régine, também na capital paulista, onde morreria, vítima de um edema pulmonar, em 1987, aos 65 anos.



dISCOGRAFIA

"The Music Stopped"/"Mairzy Doats", com a orquestra de Ferreira Filho, gravadora Continental (1944)
What's New? (fox-trot), crooner do conjunto Milionários do Ritmo (1944)
"San Fernando Valley"/"I Love You" (1944)
I Don't Want to Ealk Without You (1944)
"This Love of Mine"/"The Man I Love" (1945)
"Copacabana"/"Barqueiro do Rio São Francisco", com acompanhamento de Eduardo Patané (1946)
"Era Ela"/"Ela Foi Embora" (1946)
"Just an Old Love of Mine" (Peggy Lee/Dave Barbour)/"For Once in my Life" (Fisher/Segal), com Paul Baron e sua Orquestra (1947)
"Marina"/"Foi e não Voltou" (1947)
"Gail in Galico"/"For Sentimental Reasons" (1947)
"Ser ou não Ser"/"Um Cantinho e Você" (1948)
"Meu Rio de Janeiro"/"A Saudade Mata a Gente" (1948)
"Esquece"/"Somos Dois…" (1948)
"Ponto Final"/"Olhos Tentadores" (1949)
"Junto de Mim"/"Sempre teu" (1949)
"Não Tem Solução"/"Lembrança do Passado", gravadora Sinter (1950)
"Uma Loira"/"Meu Erro" (1951)
"Canção do Vaqueiro"/"Nick Bar" (1951)
"Mundo Distante"/"Não Sei a Razão" (1952)
"Luar sobre a Guanabara"/"Fim de Romance" (1952)
"Sem esse Céu"/"Alguém como Tu" (1952)
"Perdido de Amor"/"Meu Sonho" (1953)
"Nova Ilusão"/"João Sebastião Bach" (1953)
"April in Paris"/"All the Things You Are" (1953)
"Speak Low"/"You Keep Coming back like a Song" (1953)
"Copacabana"/"My Melancholy Baby" (1954)
"Tenderly"/"How soon', Majestic Records (1954)
"Somebody Loves me"/"There's no Sweeter Word than Sweetheart" (1954)
"Marina"/"For Once in your Life" (1954)
"Grande Verdade"/"Você se Lembra?" (1954)
"Outra Vez"/"Canção do Mar" (1954)
"Tereza da Praia"/"Casinha Pequenina", junto com o cantor Lúcio Alves (1954)
Música romântica com Dick Farney (1954)
Sinfonia do Rio de Janeiro, disco de 10 polegadas (1954)
A Saudade Mata a Gente (1955)
"Foi Você"/"Tudo Isto é Amor" (1955)
Dick Farney e seu Quinteto (1955)
"Bem Querer"/"Sem Amor Nada se Tem" (1955)
Dick Farney on Broadway (1955)
"Jingle Bells"/"White Christmas"/"Feliz Natal" (1956)
Jazz Festival (1956)
Jazz after Midnight (1956)
Meia-noite em Copacabana com Dick Farney (1956)
Dick Farney Trio (1956)
"Un Argentino en Brasil"/"Nem Fala meu Nome" (1957)
"O Ranchinho e Você"/"Só Eu Sei" (1957)
"Toada de Amor"/"O Luar e Eu…" (1957)
"Este seu Olhar"/"Se É por Falta de Adeus" (1959)
"Esquecendo Você"/"Amor sem Adeus" (1959)
Atendendo a Pedidos (1959)
Dick Farney em Canções para a Noite de meu Bem (1960)
Dick Farney e seu jazz moderno no auditório de O Globo (1960)
Dick Farney no Waldorf (1960)
"Somos Dois"/"Uma Loura" (1961)
Dick Farney Jazz (1961)
Dick Farney Show (1961)
Jam Session (1961)
Dick Farney apresenta sua orquestra no auditório de O Globo, com participação especial de Leny Andrade (1962)
Dick Farney, com participação especial de Norma Bengell (1964)
Dick Farney, piano e Orquestra Gaya, com Lindolfo Gaya (1965)
Penumbra e Romance (1972)
Dick Farney (1973)
Concerto de Jazz ao Vivo (1973)
Dick Farney e Você (1974)
Um Piano ao Cair da Tarde (1974)
Um Piano ao Cair da Tarde II (1975)
Dick Farney (1976)
Tudo Isso É Amor, com a cantora Claudette Soares (1976)
Cinco Anos de Jazz (1977)
Dick Farney (1978)
Tudo Isso É Amor II (1978)
Dick Farney: o cantor, o pianista, o diretor de orquestra, série "Retrospecto", gravadora RGE (1979)
Noite (1981)
Feliz de Amor (1983)
Momentos Inexplicáveis (1985)
Dick Farney "ao vivo", gravado no restaurante-bar Inverno & Verão, em São Paulo (1986)

filmes

1950 Somos Dois
1952 Carnaval Atlântida
1953 Perdidos do Amor
1954 Malandros em Quarta Dimensão
1960 Aí Vem a Alegria










6 comentários:

  1. Dick Farney, um talento inigualável pela voz e pelo estilo elegante de se apresentar. Sempre de paletó e gravata (vários modelos) fazia questão de ser educado com o seu público. Seu nome verdadeiro era Farnésio Dutra e Silva.

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  2. Com a divulgação do novo mapa-múndi do IBGE oficializaram algo que já se dizia informalmente: o Brasil é o cu do mundo.

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  3. A Masper TV está melhorando a cada dia.

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  4. Olha posso ter sido muito desatento e estar enganado mas não lembro de sequer ter ouvido falar nesse Dick Farney, nenhuma homenagem, nenhum programa tributo na TV ou no rádio que seja, absolutamente nada esse tempo todo! Só o fato de ter sido considerado o Sinatra brasileiro, e pelas audições nenhum exagero nisso, já era motivo mais que suficiente pra ser mais citado nas mídias. Pra terminar uma curiosidade: ao pesquisar álbuns no aplicativo TIDAL me deparei com o título "The Singles 1923-1928 Bessie Smith" o que significa que "Tenderly" está longe de ter sido a primeira gravação mundial.

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  5. Um grande cantor, que poucos ainda conhecem.

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  6. Hoje em dia não há cantores brasileiros que saibam cantar.

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