Sexta, 4 de dezembro de 2020 - parte 2

 

Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA





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especial

Nesta sexta, uma cesta 
de 
Woddy Allen! 


Ele decifra a alma de Nova York



O cérebro é o meu segundo órgão favorito.

As pessoas boas dormem muito melhor à noite do que as pessoas más. Claro, durante o dia as pessoas más se divertem muito mais.

Não despreze a masturbação - é fazer sexo com a pessoa que você mais ama.




Quando eu era pequeno, meus pais descobriram que eu tinha tendências masoquistas. Aí me passaram a me bater todo dia, para ver se eu parava com aquilo.




Woody Allen (Heywood Allen, nascido Allan Stewart Konigsberg) nasceu nasceu em 1º de dezembro de 1935.É comediante, diretor, roteirista e ator de cinema, escritor e toca clarinete semanalmente num bar de Nova York. Desde pequeno já se envolvia com entretenimento.

Aos 15 anos, já como Woody Allen, começou a escrever para colunas de jornais e programas de rádio. Frequentava a Universidade de Nova York, mas nunca chegou a se formar. Seu pai, Martin Konigsberg, foi livreiro e restaurador.


Em 1964, Woody já era um respeitável comediante, tanto que um disco chamado Woody Allen, com as gravações de seus shows, foi indicado ao Grammy. Sua primeira experiência cinematográfica aconteceu no ano seguinte, quando em uma dessas apresentações conquistou um produtor de cinema que o chamou para escrever e estrelar What's New Pussycat? (no Brasil, O Que é Que Há, Gatinha?), parodiando um filme de James Bond.

Como diretor estreou em 1969, com "Um assaltante bem trapalhão", e de lá para cá foram mais de 30 filmes, mantendo uma média de um filme por ano.


O primeiro filme premiado de Woody Allen foi Annie Hall (no Brasil, Noivo Neurótico, Noiva Nervosa, 1977), que recebeu quatro Oscars (três para Allen, de melhor filme, roteiro e direção, e um para Diane Keaton, de melhor atriz).

Apesar de não ter comparecido em nenhuma das cerimônias em que estava concorrendo, Woody conquistou outro prêmio de melhor roteiro original, por Hannah and her Sisters (Hannah e suas Irmãs) e recebeu outras 18 indicações em diversas categorias. Em 2002, no Oscar seguinte aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos, Allen finalmente compareceu à cerimônia para fazer uma homenagem à Nova York.

NY é o cenário de praticamente todos os seus filmes e lá é rodado outro clássico do cineasta, Manhattan, que recebeu diversos prêmios e conta com as presenças de Meryl Streep e, novamente, Diane Keaton.


A vida amorosa de Allen foi intensa. Antes da fama, Woody Allen já havia tido dois casamentos e, por consequência, dois divórcios, com Harlene Rosen e Louise Lasser (divorciou-se em 1969). Depois da fama, namorou várias atrizes, que sempre ficavam com os papéis principais de seus filmes, até se firmar com Mia Farrow. Com a atriz teve um relacionamento de 1980 até 1992, quando começou um polêmico relacionamento com Soon Yi (foto), filha adotiva de Mia com Andre Previn, com quem se casou em 1997. Após a separação, Mia afirmou que o diretor havia molestado a outra filha adotiva do casal.

Fã de Ingmar Bergman, Groucho Marx, Federico Fellini, Cole Porter, Fiódor Dostoiévski e Anton Chekhov.


Allen também é conhecido por lançar atrizes, como Mira Sorvino (foto), que conquistou o Oscar de melhor atriz coadjuvante pelo papel dado a ela por Allen em Mighty Aphrodite (Poderosa Afrodite).

Dirigindo, escrevendo e atuando a maioria de seus filmes, Woody Allen encarna, na maioria das vezes, um judeu nova-iorquino neurótico e fracassado. Com alguns filmes otimistas e outros nem tanto, o cineasta consegue repetir os temas sem parecer repetitivo.

Nesta linha, dirigiu filmes como A Midsummer Night's Sex Comedy (Sonhos Eróticos Numa Noite de Verão), Crimes and Misdemeanors (Crimes e Pecados), Manhattan Murder Mystery (Um Misterioso Assassinato em Manhattan), Everyone Says I Love You (Todos Dizem Eu te Amo), Deconstructing Harry (Desconstruindo Harry), Bullets over Broadway (Tiros na Broadway), The Purple Rose of Cairo (A Rosa Púrpura do Cairo), além dos já citados.

Em 2000, iniciou um contrato com a DreamWorks que correspondeu ao que a crítica julgou ser sua pior fase. Apesar de realizar Small Time Crooks (Trapaceiros), The Curse of Jade Scorpion (O Escorpião de Jade), Hollywood Ending (Dirigindo no Escuro) e Anything Else (Igual a Tudo na Vida) nessa fase, Allen nunca chegou a ser brilhante. Woody declara que The Curse of Jade Scorpion é um dos piores filmes de sua carreira, e que estava horrível no papel de C.W. Briggs e que só o fez porque não arranjou ninguém ideal.


Depois do fim de seu contrato com a empresa de Steven Spielberg, Allen decidiu reatar o namoro com o drama. Primeiro veio a aproximação com o gênero, com o Melinda e Melinda, seguido de Match Point, que foi o primeiro drama do cineasta em 16 anos, que arrebatou muitos elogios da crítica. O longa recebeu quatro indicações ao Globo de Ouro, inclusive o de melhor filme de drama, e uma indicação ao Oscar de melhor roteiro original. Match Point marca ainda por ser o primeiro filme de Allen passado em Londres e também o primeiro com a atriz Scarlett Johansson. O diretor retornou à comédia em seu projeto seguinte, Scoop, também com Scarlett.

Em 2008, lançou o filme Cassandra's Dream (O Sonho de Cassandra), um filme sobre dois irmãos com problemas de dinheiro que são contratados pelo seu tio milionário para assassinarem um inimigo dele. Foi um filme muito mal recebido pela crítica e considerado dos piores de Woody Allen. O realizador não atua neste filme.

Em 2008, realizou o filme Vicky Cristina Barcelona, também com Scarlett Johansson.


Além de comediante, diretor, roteirista e ator de cinema, Woody Allen toca clarinete semanalmente num bar de Nova Iorque. Sua ligação com a música, principalmente com o Jazz, pode ser conferida em todos os seus filmes, dos quais é responsável também pela escolha da trilha sonora. Em 2002 participou, pela primeira vez, do Festival de Cannes, onde ganhou uma Palma de Ouro pelo conjunto de sua obra.

Woody Allen se descreve da seguinte maneira "As pessoas sempre se enganam em duas coisas sobre mim: pensam que sou um intelectual (porque uso óculos) e que sou um artista (porque meus filmes sempre perdem dinheiro)".



CINCO GRANDES LIVROS DE ALLEN

Do https://livroecafe.com/:

O cineasta americano Woody Allen, além de grandes filmes, possui livros que todo fã deveria ler. 

Cuca fundida

Antes de iniciar, em meados da década de 1960, Woody Allen trabalhou como humorista, contando piadas e fazendo sketches em bares e auditórios. Cuca fundida, lançado originalmente em 1971, é o primeiro dos três livros com textos curtos, geniais e impagáveis daquele que é talvez o maior cineasta norte-americano (os outros dois livros são Sem plumas e Que loucura!, também disponíveis na Coleção L&PM Pocket). São dezessete textos que mesclam humor judaico, psicanálise, culpa, sexo e outros temperos e neuroses da vida moderna – tudo isso em um estilo inteligente, rápido e cheio da comicidade trágica presente nos filmes do autor.

Adultérios

Adultérios traz três histórias de Woody Allen, engraçadíssimas, espirituosas e agradabilíssimas de ler, todas sobre infidelidade, todas passadas em Nova York e arredores. Nestas peças, encenadas com sucesso nos Estados Unidos, encontramos na verdade várias temáticas que são preocupações recorrentes na obra do autor. Temos aqui Allen – o frasista, o piadista – em plena forma cômica. Tudo no melhor estilo dos diálogos frenéticos e cheios de verve que são a marca do mestre. Adultérios, cujo título original é “Three one-act plays” traz as seguintes peças: Riverside Drive, Old Saybrook e Central Park West. 

Sem plumas

Sem plumas traz 18 textos de formatos variados – peças, ensaios, contos, argumentos e outras improbabilidades – que têm em comum a imaginação e o humor característicos de Allen. Na hilariante peça “Morte”, temos uma paródia do velho mito da morte que vem buscar suas vítimas, e em “Deus”, a outra peça curta do livro, Allen lança-se no teatro do absurdo e no teatro grego para fazer rir e pensar sobre seus assuntos preferidos: culpa, sexo, o que estamos fazendo aqui, qual o papel do artista no mundo e outras neuroses humanas.

Que loucura

Estrondoso sucesso de público, tendo freqüentado as listas de mais vendidos do mundo inteiro, Que loucura! traz textos em que Allen mistura humor, filosofia, psicanálise e história, tudo com uma indefectível dose da neurose moderna que é sua característica principal. Em A pele  de Sócrates, o humorista coloca-se no lugar do filósofo, nos seus últimos dias de vida, antes de ser obrigado a suicidar-se. No conto intitulado O caso Kugelmass (que ganho o prêmio O. Henry de 1978), um professor, graças aos poderes de um obscuro mágico, é levado para dentro de Madame Bovary, onde viverá uma história de amor – longe da sua mulher supercontroladora. Com seu estilo personalíssimo e sua imaginação que desconhece limites, o autor prescruta – sempre rindo, é claro – as mais inusitadas situações e facetas da humanidade. Que loucura!: um programa tão divertido quanto os filmes de Woody Allen.

Conversas com Woody Allen



O biógrafo de Woody Allen, Eric Lax, reuniu quase 40 anos de conversas com o cineasta em Conversas com Woody Allen. Allen fala sobre a elaboração de roteiros, formação de elenco e representação, filmagem e direção, montagem e escolha da música. Ou seja, todo o processo cinematográfico é contemplado nas reflexões do grande cineasta.



CINCO LIVROS PREDILETOS DE ALLEN

Há alguns anos, Woody Allen deu uma entrevista ao site The Browser em que falou sobre seus livros preferidos. 

O Apanhador no Campo de Centeio

de J. D. Salinger

"Este livro tem um significado especial para mim porque li quando era jovem, por volta dos 18 anos. Ele ressoou com minhas fantasias sobre Manhattan, Upper East Side e a cidade de Nova York em geral. Foi um alívio para os outros livros que estava lendo na época, que tinham todos um jeito de lição de casa. Para mim, ler "Middlemarch" ou "A Educação Sentimental" é trabalho, enquanto "O Apanhador no Campo de Centeio" é puro prazer. O fardo de entreter caia sobre o autor, e Salinger cumpriu bem essa missão desde o primeiro parágrafo."


Really the Blues

de Mezz Mezzrow e Bernard Wolfe

"Aprendi ao longo dos anos - conhecendo músicos de jazz legítimos que conviveram com Mezzrow e as pessoas sobre quem ele escreveu - que este livro de memórias estava cheio de histórias apócrifas. Mas teve um grande impacto em mim porque eu estava aprendendo a tocar clarinete, como Mezzrow, e aprendendo a tocar a linguagem da música que ele e Bernard Wolfe descreveram, A história, provavelmente um monte de besteiras, foi atraente para mim, porque era sobre músicos cujo trabalho eu conhecia e admirava e sobre as músicas lendárias que tocavam nas lendárias casas de jazz. Então eu me diverti muito lendo isso quando minha paixão pelo jazz estava se formando. Mas eu sei que não é um livro muito bom ou mesmo muito honesto."


O Mundo de S. J. Perelman

de S. J. Perelman

"O ser humano mais engraçado que eu conheço, em qualquer meio, seja stand-up, televisão, teatro, livros ou filmes, é S. J. Perelman. Seus primeiros trabalhos eram um pouco selvagens, nem um pouco sutis ou tão bons. Mas conforme ele se desenvolveu ao longo dos anos, seu material se tornou incansavelmente sensacional."


Memórias Póstumas de Brás Cubas

de Machado de Assis

"Eu recebi este livro pelo correio. Algum desconhecido no Brasil me mandou e escreveu 'você vai gostar disso'. Como era um livro fininho, eu li. Se fosse um livro grosso, eu teria descartado. Fiquei chocado com o quanto ele era encantador e divertido. Eu não podia imaginar que o autor tenha vivido há tanto tempo. Parece que ele escreveu ontem. É muito moderno e divertido. É um trabalho muito, muito original. Tocou um sino em mim, assim como "O Apanhador no Campo de Centeio". O livro trata de assuntos que eu gosto, com muita inteligência, grande originalidade e sem sentimentalismo."


Elia Kazan: uma Biografia

de Richard Schickel

"É o melhor livro sobre o showbusiness que eu já li. É brilhantemente escrito, sobre um diretor brilhante que foi muito importante para mim quando estava começando a me tornar um cineasta. Schickel compreende Kazan. Ele entende Tennessee Williams, ele entente Marlon Brando, ele entende 'Um Bonde Chamado Desejo'. Ele escreve com grande conhecimento histórico, percepção e vivacidade. Normalmente, não vale a pena ler livros sobre o showbusiness, eles são tolos e superficiais. Mas este é um livro fabuloso. O que você pensa de Kazan politicamente não tem nada a ver com o fato de que o cara era um grande diretor."


Não quero atingir a imortalidade com meu trabalho, mas sim não morrendo.

85 ANOS

Do https://www.poder360.com.br/

Woody Allen completa 85 anos nesta 3ª feira (1º.dez.2020). Nascido em 1935 e criado no Brooklyn, o célebre cineasta dirigiu 52 filmes e recebeu 144 prêmios e 226 nomeações às mais consagradas premiações da indústria cinematográfica.

Sua carreira é marcada pelo sucesso dos filmes e polêmicas na vida privada, como a acusação de abuso sexual por parte de Dylan Farrow, filha adotiva da atriz Mia Farrow, com quem mantinha um relacionamento.

Ao todo, tem participações em 60 filmes, seja como diretor, ator e/ou roteirista. Suas obras são conhecidas por abordar as angústias humanas e o amor em tom cômico.

Ele também é conhecido por criar personagens que retratam a própria personalidade. Lançou seu último filme, Rifkin’s Festival, em outubro de 2020.

Foi o vencedor de 4 estatuetas do Oscar: melhor diretor e melhor roteiro original, por Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (1977), melhor roteiro original por Hannah e suas irmãs (1986), e melhor roteiro original por Meia-Noite em Paris (2011).

POLÊMICAS

Woody Allen é casado com Soon-Yi Previn, filha adotiva da ex, a atriz Mia Farrow. O relacionamento começou enquanto Allen e Farrow ainda estavam juntos, e foi o motivo da separação. O diretor é 35 anos mais velho que a atual mulher. Mia Farrow teria descoberto o relacionamento ao encontrar fotos sensuais da filha.

Além disso, outra filha de Mia Farrow, Dylan Farrow, afirma ter sido sexualmente abusada pelo cinesta quando tinha apenas 7 anos. O diretor nega as acusações, mas sua reputação ficou manchada com a repercussão do caso. Woody Allen teve contratos cancelados e passou por 1 período de dificuldades para conseguir financiamento para seus filmes. Várias atrizes de Hollywood se comprometeram a não trabalhar mais com o cineasta, em forma de protesto, quando estourou o movimento “Me Too” (Eu também, em inglês).

“Quando eu tinha 7 anos, Woody Allen pegou-me pela mão e levou-me para um sótão escuro, semelhante a um armário, no 2º andar da nossa casa. Ele disse-me para me deitar de barriga para baixo e brincar com o trem eléctrico do meu irmão. Depois agrediu-me sexualmente. Ele falou comigo enquanto isso, sussurrando que eu era uma boa menina, que este era o nosso segredo, prometendo que iríamos a Paris e que eu seria uma estrela nos seus filmes”, escreveu Dylan Farrow em relato no New York Times.

O diretor, no entanto, nega as acusações e afirmou que “alegações são falsas, mas um ótimo drama de tabloide”.  A mulher de Woody Allen, Soon-Yi Previn, defendeu o marido em entrevista à Vulture. “O que aconteceu ao Woody é tão perturbador, tão injusto. Mia tirou vantagem do movimento #MeToo e pintou Dylan como vítima. E toda uma nova geração está a ouvir falar disso quando não deveria”.


Só há um tipo de amor que dura, o não correspondido.


MINHA PRÓXIMA VIDA

Na minha próxima vida, quero viver de trás pra frente. Começar morto, para despachar logo esse assunto. Depois, acordar num lar de idosos e ir-me sentindo melhor a cada dia que passa. Ser expulso porque estou demasiado saudável, ir receber a aposentadoria e começar a trabalhar, recebendo logo um relógio de ouro no Primeiro dia.
Trabalhar por 40 anos, cada vez mais desenvolto e saudável, até ser jovem o suficiente para entrar na faculdade, embebedar-me diariamente e ser bastante promíscuo. E depois, estar pronto para o secundário e para o primário, antes de virar criança e só brincar, sem responsabilidades.
Aí viro um bebê inocente até nascer.
Por fim, passo nove meses flutuando num "spa" de luxo, com aquecimento central, serviço de quarto à disposição e espaço maior dia-a-dia, e depois -"Voilà!" - desapareço num orgasmo.


O sexo sem amor é uma experiência vazia. Mas como experiência vazia é uma das melhores.


Amar é sofrer. Para evitares sofrer, não deves amar. Mas, dessa forma vais sofrer por não amar. Então, amar é sofrer, não amar é sofrer, sofrer é sofrer. Ser feliz é amar, ser feliz, então, é sofrer, mas sofrer torna-nos infelizes, então, para ser infeliz temos que amar, ou amar para sofrer, ou sofrer de demasiada felicidade - espero que estejas a perceber.
...
Vou ensinar uma coisa sobre o amor para você.
Claro que há exceções para o que vou dizer, mas são exceções, não a regra.
O amor, apesar do que dizem, não vence tudo.
Ele nem mesmo costuma durar.
No final, as aspirações românticas da nossa juventude, são reduzidas a ao que pode dar certo.


SENSACIONAL! WOODY  ENTREGA PRÊMIO A DIANE KEATON

(LEGENDADO)


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