Sexta, 3 de setembro de 2021

 

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especial

Nesta sexta, uma cesta 
de Mark Manson
!


O BLOGUEIRO BEST-SELLER




Você é definido pelas batalhas que está disposto a lutar.




Ligar o foda-se não significa ser invulnerável, mas se sentir confortável com a vulnerabilidade.




Mark Manson nasceu em Austin, Texas, 9 de março de 1984. Viveu em Boston, Massachusetts, para estudar e se formou na Universidade de Boston em 2007 e viajou por todo o mundo durante sete anos. 

Seus livros, dois em particular, A Sutil Arte de Ligar o F*da-se e e Everything Is Fucked: A Book About Hope, foram bestsellers do The New York Times e venderam mais de 13 milhões de exemplares.

Para além da sua atividade de escritor, blogueiro e empreendedor, publica regularmente artigos com a BBC, CNN, Business Insider, Time, entre outros. Vive atualmente em Nova York.

Manson começou seu primeiro blog sobre conselhos sobre namoro em 2008.

Em 2010, ele começou um novo blog chamado Post Masculine que fornecia conselhos gerais de vida para os homens. Manson mudou seu blog para markmanson.net em 2013.

Em 2015, Manson publicou um artigo no blog The Subtle Art of Not Giving a Fuck, que formaria a base de seu segundo livro com o mesmo nome.

Manson morou por quatro anos no Brasil, quando se casou com uma brasileira. Em 2016 escreveu um texto intitulado "Uma carta aberta ao Brasil", em que mostrava sua visão dos reais problemas que afetam nossa economia, impedindo-a de crescer.


PRINCIPAIS LIVROS










Evitar o sofrimento é uma forma de sofrimento. Evitar dificuldades é uma dificuldade. Negar o fracasso é fracassar. Esconder o que é vergonhoso é, em si, causa de vergonha.




UMA CARTA ABERTA AO BRASIL (2016)

Querido Brasil,

O Carnaval acabou. O “ano novo” finalmente vai começar e eu estou te deixando para voltar para o meu país.

Assim como vários outros gringos, eu também vim para cá pela primeira vez em busca de festas, lindas praias e garotas. O que eu não poderia imaginar é que eu passaria a maior parte dos 4 últimos anos dentro das suas fronteiras. Aprenderia muito sobre a sua cultura, sua língua, seus costumes e que, no final deste ano, eu me casaria com uma de suas garotas.

Não é segredo para ninguém que você está passando por alguns problemas. Existe uma crise política, econômica, problemas constantes em relação à segurança, uma enorme desigualdade social e agora, com uma possível epidemia do Zika vírus, uma crise ainda maior na saúde.

Durante esse tempo em que estive aqui, eu conheci muitos brasileiros que me perguntavam: “Por que? Por que o Brasil é tão ferrado? Por que os países na Europa e América do Norte são prósperos e seguros enquanto o Brasil continua nesses altos e baixos entre crises década sim, década não?”

No passado, eu tinha muitas teorias sobre o sistema de governo, sobre o colonialismo, políticas econômicas, etc. Mas recentemente eu cheguei a uma conclusão. Muita gente provavelmente vai achar essa minha conclusão meio ofensiva, mas depois de trocar várias ideias com alguns dos meus amigos, eles me encorajaram a dividir o que eu acho com todos os outros brasileiros.

Então aí vai: é você.

Você é o problema.

Sim, você mesmo que está lendo esse texto. Você é parte do problema. Eu tenho certeza de não é proposital, mas você não só é parte, como está perpetuando o problema todos os dias.

Não é só culpa da Dilma ou do PT. Não é só culpa dos bancos, da iniciativa privada, do escândalo da Petrobras, do aumento do dólar ou da desvalorização do Real.

O problema é a cultura. São as crenças e a mentalidade que fazem parte da fundação do país e são responsáveis pela forma com que os brasileiros escolhem viver as suas vidas e construir uma sociedade.

O problema é tudo aquilo que você e todo mundo a sua volta decidiu aceitar como parte de “ser brasileiro” mesmo que isso não esteja certo.

Quer um exemplo?

Imagine que você está de carona no carro de um amigo tarde da noite. Vocês passam por uma rua escura e totalmente vazia. O papo está bom e ele não está prestando muita atenção quando, de repente, ele arranca o retrovisor de um carro super caro. Antes que alguém veja, ele acelera e vai embora.

No dia seguinte, você ouve um colega de trabalho que você mal conhece dizendo que deixou o carro estacionado na rua na noite anterior e ele amanheceu sem o retrovisor. Pela descrição, você descobre que é o mesmo carro que seu brother bateu “sem querer”. O que você faz?

A) Fica quieto e finge que não sabe de nada para proteger seu amigo? Ou

B) Diz para o cara que sente muito e força o seu amigo a assumir a responsabilidade pelo erro?

Eu acredito que a maioria dos brasileiros escolheria a alternativa A. Eu também acredito que a maioria dos gringos escolheria a alternativa B.

Nos países mais desenvolvidos o senso de justiça e responsabilidade é mais importante do que qualquer indivíduo. Há uma consciência social onde o todo é mais importante do que o bem-estar de um só. E por ser um dos principais pilares de uma sociedade que funciona, ignorar isso é uma forma de egoísmo.

Eu percebo que vocês brasileiros são solidários, se sacrificam e fazem de tudo por suas famílias e amigos mais próximos e, por isso, não se consideram egoístas.

Mas, infelizmente, eu também acredito que grande parte dos brasileiros seja extremamente egoísta, já que priorizar a família e os amigos mais próximos em detrimento de outros membros da sociedade é uma forma de egoísmo.

Sabe todos aqueles políticos, empresários, policiais e sindicalistas corruptos? Você já parou para pensar por que eles são corruptos? Eu garanto que quase todos eles justificam suas mentiras e falcatruas dizendo: “Eu faço isso pela minha família”. Eles querem dar uma vida melhor para seus parentes, querem que seus filhos estudem em escolas melhores e querem viver com mais segurança.

É curioso ver que quando um brasileiro prejudica outro cidadão para beneficiar sua famílias, ele se acha altruísta. Ele não percebe que altruísmo é abrir mão dos próprios interesses para beneficiar um estranho se for para o bem da sociedade como um todo.

Além disso, seu povo também é muito vaidoso, Brasil. Eu fiquei surpreso quando descobri que dizer que alguém é vaidoso por aqui não é considerado um insulto como é nos Estados Unidos. Esta é uma outra característica particular da sua cultura.

Algumas semanas atrás, eu e minha noiva viajamos para um famoso vilarejo no nordeste. Chegando lá, as praias não eram bonitas como imaginávamos e ainda estavam sujas. Um dos pontos turísticos mais famosos era uma pedra que de perto não tinha nada demais. Foi decepcionante.

Quando contamos para as pessoas sobre a nossa percepção, algumas delas imediatamente disseram: “Ah, pelo menos você pode ver e tirar algumas fotos nos pontos turísticos, né?”

Parece uma frase inocente, mas ela ilustra bem essa questão da vaidade: as pessoas por aqui estão muito mais preocupadas com as aparências do que com quem eles realmente são.

É claro que aqui não é o único lugar no mundo onde isso acontece, mas é muito mais comum do que em qualquer outro país onde eu já estive.

Isso explica porque os brasileiros ricos não se importam em pagar três vezes mais por uma roupa de grife ou uma jóia do que deveriam, ou contratam empregadas e babás para fazerem um trabalho que poderia ser feito por eles. É uma forma de se sentirem especiais e parecerem mais ricos. Também é por isso que brasileiros pagam tudo parcelado. Porque eles querem sentir e mostrar que eles podem ter aquela super TV mesmo quando, na realidade, eles não tenham dinheiro para pagar. No fim das contas, esse é o motivo pelo qual um brasileiro que nasceu pobre e sem oportunidades está disposto a matar por causa de uma motocicleta ou sequestrar alguém por algumas centenas de Reais. Eles também querem parecer bem sucedidos, mesmo que não contribuam com a sociedade para merecer isso.

Muitos gringos acham os brasileiros preguiçosos. Eu não concordo. Pelo contrário, os brasileiros tem mais energia do que muita gente em outros lugares do mundo (vide: Carnaval).

O problema é que muitos focam grande parte da sua energia em vaidade em vez de produtividade. A sensação que se tem é que é mais importante parecer popular ou glamouroso do que fazer algo relevante que traga isso como consequência. É mais importante parecer bem sucedido do que ser bem sucedido de fato.

Vaidade não traz felicidade. Vaidade é uma versão “photoshopada” da felicidade. Parece legal vista de fora, mas não é real e definitivamente não dura muito.

Se você precisa pagar por algo muito mais caro do que deveria custar para se sentir especial, então você não é especial. Se você precisa da aprovação de outras pessoas para se sentir importante, então você não é importante. Se você precisa mentir, puxar o tapete ou trair alguém para se sentir bem sucedido, então você não é bem sucedido. Pode acreditar, os atalhos não funcionam aqui.

E sabe o que é pior? Essa vaidade faz com que seu povo evite bater de frente com os outros. Todo mundo quer ser legal com todo mundo e acaba ou ferrando o outro pelas costas, ou indiretamente só para não gerar confronto.

Por aqui, se alguém está 1h atrasado, todo mundo fica esperando essa pessoa chegar para sair. Se alguém decide ir embora e não esperar, é visto como cuzão. Se alguém na família é irresponsável e fica cheio de dívidas, é meio que esperado que outros membros da família com mais dinheiro ajudem a pessoa a se recuperar. Se alguém num grupo de amigos não quer fazer uma coisa específica, é esperado que todo mundo mude os planos para não deixar esse amigo chateado. Se em uma viagem em grupo alguém decide fazer algo sozinho, este é considerado egoísta.

É sempre mais fácil não confrontar e ser boa praça. Só que onde não existe confronto, não existe progresso.

Como um gringo que geralmente não liga a mínima sobre o que as pessoas pensam de mim, eu acho muito difícil não enxergar tudo isso como uma forma de desrespeito e auto-sabotagem. Em diversas circunstâncias eu acabo assistindo os brasileiros recompensarem as “vítimas” e punirem àqueles que são independentes e bem resolvidos.

Por um lado, quando você recompensa uma pessoa que falhou ou está fazendo algo errado, você está dando a ela um incentivo para nunca precisar melhorar. Na verdade, você faz com que ela fique sempre contando com a boa vontade de alguém em vez de ensina-la a ser responsável.

Por outro lado, quando você pune alguém por ser bem resolvido, você desencoraja pessoas talentosas que poderiam criar o progresso e a inovação que esse país tanto precisa. Você impede que o país saia dessa merda que está e cria ainda mais espaço para líderes medíocres e manipuladores se prolongarem no poder.

E assim, você cria uma sociedade que acredita que o único jeito de se dar bem é traindo, mentindo, sendo corrupto, ou nos piores casos, tirando a vida do outro.

As vezes, a melhor coisa que você pode fazer por um amigo que está sempre atrasado é ir embora sem ele. Isso vai fazer com que ele aprenda a gerenciar o próprio tempo e respeitar o tempo dos outros.

Outras vezes, a melhor coisa que você pode fazer com alguém que gastou mais do que devia e se enfiou em dívidas é deixar que ele fique desesperado por um tempo. Esse é o único jeito que fará com que ele aprenda a ser mais responsável com dinheiro no futuro.

Eu não quero parecer o gringo que sabe tudo, até porque eu não sei. E deus bem sabe o quanto o meu país também está na merda (eu já escrevi aqui sobre o que eu acho dos EUA).

Só que em breve, Brasil, você será parte da minha vida para sempre. Você será parte da minha família. Você será meu amigo. Você será metade do meu filho quando eu tiver um.

E é por isso que eu sinto que preciso dividir isso com você de forma aberta, honesta, com o amor que só um amigo pode falar francamente com outro, mesmo quando sabemos que o que temos a dizer vai doer.

E também porque eu tenho uma má notícia: não vai melhorar tão cedo.

Talvez você já saiba disso, mas se não sabe, eu vou ser aquele que vai te dizer: as coisas não vão melhorar nessa década.

O seu governo não vai conseguir pagar todas as dívidas que ele fez a não ser que mude toda a sua constituição. Os grandes negócios do país pegaram dinheiro demais emprestado quando o dólar estava baixo, lá em 2008-2010 e agora não vão conseguir pagar já que as dívidas dobraram de tamanho. Muitos vão falir por causa disso nos próximos anos e isso vai piorar a crise.

O preço das commodities estão extremamente baixos e não apresentam nenhum sinal de aumento num futuro próximo, isso significa menos dinheiro entrando no país. Sua população não é do tipo que poupa e sim, que se endivida. As taxas de desemprego estão aumentando, assim como os impostos que estrangulam a produtividade da classe trabalhadora.

Você está ferrado. Você pode tirar a Dilma de lá, ou todo o PT. Pode (e deveria) refazer a constituição, mas não vai adiantar. Os erros já foram cometidos anos atrás e agora você vai ter que viver com isso por um tempo.

Se prepare para, no mínimo, 5-10 anos de oportunidades perdidas. Se você é um jovem brasileiro, muito do que você cresceu esperando que fosse conquistar, não vai mais estar disponível. Se você é um adulto nos seus 30 ou 40, os melhores anos da economia já fazem parte do seu passado. Se você tem mais de 50, bem, você já viu esse filme antes, não viu?

É a mesma velha história, só muda a década. A democracia não resolveu o problema. Uma moeda forte não resolveu o problema. Tirar milhares de pessoas da pobreza não resolveu o problema. O problema persiste. E persiste porque ele está na mentalidade das pessoas.

O “jeitinho brasileiro” precisa morrer. Essa vaidade, essa mania de dizer que o Brasil sempre foi assim e não tem mais jeito também precisa morrer. E a única forma de acabar com tudo isso é se cada brasileiro decidir matar isso dentro de si mesmo.

Ao contrário de outras revoluções externas que fazem parte da sua história, essa revolução precisa ser interna. Ela precisa ser resultado de uma vontade que invade o seu coração e sua alma.

Você precisa escolher ver as coisas de um jeito novo. Você precisa definir novos padrões e expectativas para você e para os outros. Você precisa exigir que seu tempo seja respeitado. Você deve esperar das pessoas que te cercam que elas sejam responsabilizadas pelas suas ações. Você precisa priorizar uma sociedade forte e segura acima de todo e qualquer interesse pessoal ou da sua família e amigos. Você precisa deixar que cada um lide com os seus próprios problemas, assim como você não deve esperar que ninguém seja obrigado a lidar com os seus.

Essas são escolhas que precisam ser feitas diariamente. Até que essa revolução interna aconteça, eu temo que seu destino seja repetir os mesmos erros por muitas outras gerações que estão por vir.

Você tem uma alegria que é rara e especial, Brasil. Foi isso que me atraiu em você muitos anos atrás e que me faz sempre voltar. Eu só espero que um dia essa alegria tenha a sociedade que merece.

Seu amigo,

Mark




Se você estiver sempre dando importância demais para tudo quanto é coisinha, é bem possível que você não tenha nada legítimo com que se importar. Esse é seu verdadeiro problema.



12 CITAÇÕES

Por Vanelli Doratioto

Quando bati os olhos no livro “A sutil arte de ligar o f*da-se”, com sua capa chamativa e título idem, achei que me depararia com algum tipo de glossário repleto de filosofias de bar.

No entanto, ao começar a leitura, notei que o autor, Mark Manson, apesar de usar uma linguagem despojada, passou bem longe das famosas fórmulas prontas para uma felicidade instantânea e fugaz.

Amei a leitura e tomei a liberdade de separar para vocês 12 citações do livro para refletirmos um pouco juntos com Mark acerca de nossas escolhas e decisões.

Certamente, depois desse artigo, muitos de vocês ficarão com um gostinho de quero mais na boca e, em se tratando de Mark, realmente, ele tem muito mais a dizer em seu delicioso livro laranja.


1. Evitar o sofrimento é uma forma de sofrimento. Evitar dificuldades é uma dificuldade. Negar o fracasso é fracassar. Esconder o que é vergonhoso é, em si, causa de vergonha. (Mark Manson)

Certa vez Carl Gustav Jung disse: O que negas, te submete. O que aceitas, te transforma. Mark Manson acabou tendo nesse trecho, uma percepção parecida, senão idêntica: a negação gosta de alimentar monstros.

2. Se você estiver sempre dando importância demais para tudo quanto é coisinha, é bem possível que você não tenha nada legítimo com que se importar. Esse é seu verdadeiro problema. (Mark Manson)

Existe uma citação que diz que nunca chegaremos ao nosso destino se pararmos para atirar pedras em cada cão que late. Os cães aqui podem ser lidos como pequenos problemas. Se nos preocuparmos mais com eles que com o nosso caminho, vide, propósito, não chegaremos a lugar algum.

3. Estamos enfrentando uma epidemia de cegueira psicológica que faz as pessoas não enxergarem que é normal as coisas darem errado de vez em quando. (Mark Manson)

Se não tivéssemos caído milhares de vezes, quando bebês, não estaríamos de pé hoje. Bebês não sentem o peso do fracasso. Eles têm um propósito: ficar de pé e andar. O nosso hoje ainda deveria ser esse. Levantar e caminhar, para frente de preferência.

4. Se você acha que em algum momento terá permissão para parar, infelizmente não entendeu nada. Porque a alegria está na subida. (Mark Manson)

Essa citação me lembra a história “A Senhora Holle” dos Irmãos Grimm. Nela uma moça faz tudo com amor e recebe uma chuva de ouro em retribuição. Uma outra faz tudo por interesse, ignorando os meios para atingir um fim (o ouro), e acaba se dando muito mal. A felicidade está no caminho.

5. Se o que valorizamos é inútil. Se o que escolhemos considerar sucesso ou fracasso é equivocado, qualquer coisa baseada nesses valores será equivocada também. (Mark Manson)

Adote valores superficiais e veja sua vida mudar de boa para ruim, e vice versa, em um piscar de olhos. O supérfluo não dura e não sacia.

6. Não espere por uma vida sem problemas. Isso não existe. Em vez disso torça por uma vida cheia de problemas pequenos. (Mark Manson)

Com quais dores você pode lidar? Essa seria a pergunta que deveríamos no fazer ao tomar decisões. A felicidade perpétua não existe. Problemas menores quase sempre podem ser solucionados e como o próprio Mark afirma, a felicidade consiste em resolver problemas.

7. A culpa é passado. A responsabilidade é presente. A culpa aponta para escolhas já feitas. A responsabilidade aponta para escolhas sendo feitas agora. (Mark Manson)

Esse capítulo do livro é um dos meus favoritos. Ele conta que nem sempre somos culpados por nossos problemas, mas somos responsáveis em decidir o que faremos com eles.

8. Nós já escolhemos, a cada momento de cada dia, as coisas com as quais nos importamos. Então, para mudar, basta escolher nos importarmos com outras coisas. (Mark Manson)

Nossas prioridades dizem muito sobre a vida que levamos. Mudar de prioridades é mudar de vida, mas como o próprio Mark diz, isso exige bastante empenho.

9. Pessoas más nunca acreditam que são más; elas acreditam que todos os outros são maus. (Mark Manson)

Aqui Mark lança um exemplo prático, se não me engano citado em “o Pequeno Príncipe”, de que quase sempre fazemos uma ideia, generalizada, do outro usando a nós mesmos e nossas vivências como parâmetro.

10. Só podemos atingir a excelência em algo se estivermos dispostos a falhar. (Mark Manson)

Parece redundante dizer, mas aquilo que fazemos bem, quase sempre, é o resultado de horas de empenho e dedicação amorosa.

11. O amor não saudável é o que une duas pessoas que estão usando aquele sentimento como meio de escapar de seus problemas. (Mark Manson)

Um sentimento amoroso que nasça por qualquer interesse que não pelo próprio amor, não vencerá o primeiro problema comum que aparecer pelo caminho. E certamente um punhado deles surgirá em qualquer relação.

12. Meu conselho: Não seja especial. Não seja único. Redefina-se de acordo com medidas mais comuns e abrangentes. (Mark Manson)

A essência das coisas não mora no extraordinário. Pelo contrário, é na simplicidade e naquilo que é cotidiano que podemos alcançar nossos tesouros. Carl Gustav Jung já dizia: “ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.



Não espere por uma vida sem problemas. Isso não existe. Em vez disso torça por uma vida cheia de problemas pequenos.





 

PENSAMENTO NEGATIVO
Por Luciano Trigo

Em meio a um período de stress intenso e prolongado, fui tentar me distrair em uma livraria e bati com os olhos nesse livro: “A sutil arte de ligar o f*da-se – Uma estratégia inusitada para uma vida melhor”, de Mark Manson (Intrínseca, 224 pgs. R$ 29,90). Como esta é uma arte que nunca dominei, resolvi tentar a sorte.
O nome do autor me soou vagamente familiar, e só depois de terminada a leitura associei Manson a uma Carta Aberta ao Brasil que circulou nas redes sociais em 2016, sobre o pior do Brasil e dos brasileiros.
Embora a carta tenha despertado reações iradas, Manson falava com conhecimento de causa: ele morou no Brasil e é casado com uma brasileira. Além disso, ele só dizia verdades, basicamente.
O mesmo se aplica ao seu livro: “A sutil arte de ligar o f*da-se” pode deixar muitos leitores irritados, mas basicamente só contém verdades. Não é, como se depreende do título, um livro de autoajuda convencional. Manson diz o contrário do que a maioria das pessoas espera ouvir, começando pelos títulos de alguns capítulos: “Nem tente”; “Você não é especial”; “Você está errado em tudo”; “Rejeição faz bem”; “O lado bom da morte”.
Ou seja, Manson vai na contramão de 99% dos autores do gênero, que enfatizam o poder do pensamento positivo e suas variações. O que ele prega é uma atitude de aceitação e desapego em relação a alguns fatos da vida; uma atitude mais realista, modesta e consciente de nossas e falhas e limitações (que, ao longo da vida, somos condicionados a negar). Para isso, ele dá conselhos do tipo:
- Chega de perseguir um sucesso que só existe na sua cabeça;
- Não tente pensar positivamente, quando sua vida estiver um horror;
- Sinta-se confortável com a sua vulnerabilidade;
- Procure o lado bom de estar no fundo do poço.
Por contra-intuitivos que pareçam, esses conselhos são bem fundamentados. O verdadeiro segredo, ensina esse heterodoxo guia de desenvolvimento pessoal, não é fazer uma limonada com os limões que a vida nos dá, mas conviver numa boa com a gastrite que vem em seguida. Manson sugere que paremos de fugir de nossos medos e incertezas, defeitos e fracassos: é quando paramos de fugir (e de fingir) que começamos a confrontar e entender o verdadeiro sentido da vida.
Manson combina digressões valiosas sobre o sentido do sucesso e da felicidade com reminiscências pessoais geralmente interessantes e histórias de pessoas famosas que ilustram suas teses. Nem sempre o limite entre a informalidade e o mau gosto é respeitado, e o texto perde força quando o autor tenta ser engraçado a qualquer custo. Ainda assim é uma leitura saborosa e útil, com alguns insights que podem efetivamente ajudar o leitor a lidar de forma mais leve com seus problemas e insatisfações.
Trecho:
“Nossa cultura absorveu a crença de que todos estamos destinados a fazer algo extraordinário. (...) Todos merecemos a grandeza. (...)
Ser ‘comum’ se tornou o novo padrão de fracasso. O pior lugar em que se pode estar é no meio do bando, no topo da curva de Gauss. Quando o padrão de sucesso de uma cultura é ‘ser extraordinário’, acaba sendo melhor estar no pior extremo da curva de Gauss do que no meio, porque pelo menos ali você é especial e merece atenção. Muita gente escolhe essa estratégia: prova para todos que é o mais infeliz, o mais oprimido, o mais sofrido.
Muitos têm medo de aceitar a mediocridade porque acreditam que, se o fizerem, nunca conseguirão nada, nunca vão se desenvolver e terão uma vida insignificante.
É uma ideia perigosa. Uma vez que você aceita a premissa de que a vida só vale a pena se for notável e grandiosa, também aceita o fato de que a maior parte da humanidade (incluindo você) é inútil e sem valor. E essa mentalidade pode se tornar danosa bem rápido, tanto para você mesmo quanto para os outros.”

4 comentários:

  1. Prévidi, esse malucão lembra-me o Jack Kerouoc, do livro 'On the Road'. O principe dos escritores underground americanos! Li tudo dele, On the Road, mais de uma vez!

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  2. Hidrelétrica de Belo Monte, Ode ao desperdício,

    Amigos, esta hidrelétrica situado no Pará, com uma capacidade total de 12.200 MW (quase uma Itaipu) é um exemplo clássico do descaso da coisa produzida por aqui nesse nosso Brasil da mistura de diversos interesses políticos não muito republicanos (ambiental, europeu, americano, indigenista, do libido dos tucanos e das minhocas, dos grileiros proprietários de terras, etc., etc.) em relação ao interesse do brasileiro em si.
    Nesse momento, de grave crise hídrica, das 18 turbinas da usina, só uma, uminha, está em funcionamento. E por quê, perguntamos todos? Simples. Há uma penca, um universo de ações contrárias à obra, que já custou 40 bilhões de reais, de tudo quanto é lado: dos ambientalistas, de tribos indígenas, de políticos de viés esquerdistas, do ministério público, dos tribunais superiores, de movimentos ambientalistas da França, dos Estados Unidos, da mãe do Badanha. Mas, o principal é que foi proibido o uso de represa, só pode ser usada a água da vazão normal do rio. Havendo água, funcionam as 12 turbinas; não havendo, só uma parte. Numa crise como agora, só uma!
    Que desgraça!
    Vou dar nome aos bois: os maiores ‘trava-desenvolvimento’ (que prejudicam os brasileiros ao limite, fazendo-nos pagar uma das maiores tarifas de eletricidade do mundo!) são: ex ministra, ex candidata a presidente da república Marina Silva, absolutamente apaixonada pelo libido das minhocas e das aves tucanos da floresta; Lula, Dilma e quase todos os políticos da esquerda!
    Absurdo! Absurdo! Absurdo!
    E o pior é que todos sabem, inclusive os esquerdistas ‘trava-desenvolvimento’, que a energia mais barata e limpa que a humanidade pode produzir é a hidrelétrica!
    Repito, mais indignado ainda, absurdo, absurdo!

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    1. Cara,quem fez esta obra faraônica
      de Belo Monte FOI LULA e teve
      muita roubalheira na construção
      desta obra.Igual as roubalheiras
      na Olimpiada e na Copa do Mundo.

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