Quinta, 23 de abril de 2020




Jamais troquei de lado.
Por quê? Eu não tenho lado.
Ou melhor, o meu lado sou eu
...
ANDO DEVAGAR
PORQUE JÁ TIVE PRESSA






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Jefferson Barros

POUCOS AMIGOS AJUDARAM
QUANDO ELE MAIS PRECISAVA - (II)


Nos nossos papos ele sempre falava da vontade que tinha de fazer uma revista de cinema. Eu tinha uma editora que fazia jornais e produzia eventos de Turismo. O meu negócio se encaixava no que ele queria. Até que falei a ele:
- Jefferson, começa a pensar na tua revista e vai tocando. Vamos dar um jeito e fazer. O Crusius vai nos ajudar, e o Denison Mendes também vai diagramar – nem preciso falar com ele.

O tempo foi passando e me flagrei que estava pagando muito caro por uma estrutura que não precisava. O que fiz? Dispensei a minha única contratada e fui montar o escritório em casa. Não sei, mas fui um dos primeiros na minha área a trabalhar em casa, em Porto Alegre. Até me adaptar custou, porque tinha que disputar espaço com os dois guris e as duas cadelas. E ainda sem internet e apenas um telefone.

Não lembro pra onde o Jefferson foi, mas conseguiu um lugar para bater os seus textos.

Por que estou escrevendo sobre o Jefferson Barros, que faleceu em junho de 2.000?

Sou assinante de uma newsletter muito boa, a Matinal. Nos finais de semana eles editam a Parêntese, Na última edição publicaram três textos sobre o Jefferson. Me chamou a atenção o que escreveu o jornalista Carlos Mossmann*, que reproduzo:



“Meu amor é um riozinho 
que corre escondido. 
Aos pés de árvores verdes, 
ele corre escondido”…

De tão singelos, estes versos destoam da imagem de um profissional disputado pelos grandes grupos nacionais da mídia. Mas, sim, são obra do mesmo homem que respondeu pelas páginas de Artes e Espetáculos da revista Veja e foi editor-chefe do Jornal da Globo, na emissora dos Marinho.

Os versos (que me cedeu para compor uma canção) fazem pensar é num coração gentil, saudoso de Arroio do Só, lá no interior de Santa Maria da Boca do Monte. Ainda hoje, em 2020, não tem rua asfaltada por lá. Mas havia uma estação ferroviária, nos anos 40, onde trabalhava Afonso Rolino de Barros e onde sua esposa, Izabel Borba Barros, fazia pão caseiro para o único filho, o piá Jefferson.

O celebrado jornalista e intelectual Jefferson Barros, reconhecido pela competência profissional, cultura vasta e textos primorosos na crítica de cinema ou na análise política, gostava de se definir era como filho de um ferroviário e de uma mãe amorosa.

Fui conhecê-lo em 1972, como estagiário de redação no tablóide gaúcho que marcou época pelo jornalismo criativo e pela ousada linha editorial, democrática em tempos de ditadura, a Folha da Manhã, “Folhinha”, da Companhia Jornalística Caldas Júnior. Apresentado ao editor de política internacional, o renomado Jefferson Barros, já no primeiro dia aprendi que o expediente de redação não terminava com o fechamento da edição. Já no primeiro dia, me convidou para jantar e conversar.

A conversa durou anos. As jantas se tornaram hábito, mas não rotina. Um dia era peixe no mercado, no outro picanha, depois rãs, adiante comida árabe… Também íamos à casa dele e também o endereço mudava constantemente. Estável era apenas existência de um quarto só para a biblioteca, onde buscava dezenas de livros para ilustrar nossas discussões e me emprestar para estudo.

Saltava aos olhos sua inquietude. Também vivia trocando de trabalho. De 1972 a 75, se tornou correspondente gaúcho do alternativo Opinião; trabalhou na Veja, em São Paulo; voltou à Folha da Manhã; assumiu a direção do Correio Serrano, tradicional jornal de Ijuí, e criou o Semanário de Informação Política, também de imprensa alternativa.

Embora menos evidente, mais importante, para mim, é falar da generosidade que o movia, consciente e cultivada. Reconhecia o poder e a raridade de sua inteligência, ao lado de uma formidável pulsão de vida. E ainda compreendia a diferença e a relação entre estes dois vetores, como fonte de prazer, mas também de conflitos dolorosos. O marxista que prezava o rigor científico e construía raciocínios rigorosos com base no materialismo histórico, buscava também as razões profundas (que não encontrava no mundo do interesse material) de seu compromisso com a classe trabalhadora.

Por que resistia à tentação de se acomodar a um emprego estável e bem remunerado, em algum gigante da nossa comunicação? Por que não adotava um ceticismo conveniente e acompanhava os fatos como se apenas assistisse a um filme estrelado por Jane Fonda? Por que, ao invés disto, sempre voltava à militância política, sem presunção de liderança, enfrentando aflições financeiras e o risco da perseguição?

“Generosidade” era sua resposta, a única distante de qualquer base científica. À vaidade e aos anseios de poder da mente que se reconhecia brilhante, contrapunha o carinho pela singela visão de mundo da mãe interiorana, de uma religiosidade quase simplória. Sua ligação com o povo e com a classe trabalhadora, muito mais que politicamente informada, era afetiva, verdadeiramente umbilical. Uma de suas melhores proezas intelectuais foi encontrar lugar, no pensamento crítico, para aquilo que antecede a palavra: as pulsões da vida, as emoções, as ditas “coisas do coração”.

Nunca isto lhe foi fácil. Encontrei um homem devastado quando fui visitá-lo, no Rio, justamente quando estava num dos mais altos cargos do jornalismo brasileiro, editor do Jornal da Globo. Sofria ao perceber que se tornava um cético. E observava, com crua severidade: “Passo que antecede o cinismo”. Em vez de chopp, bebia uísque. Poucos anos depois, voltava a Porto Alegre, rendido ao álcool, em rápida autodestruição.

Certa ensolarada manhã, em meados dos anos 90, porém, me ligou, pedindo que fosse vê-lo, naquele mesmo dia. Nos encontramos na rua da Praia. Com um largo sorriso, disse que vivia seu dia mais feliz. Tinha se tornado muçulmano, “homem submisso a Deus”.

Foi o desfecho de uma longa busca, que vinha desde antes que o conheci. Tanto quanto Gramsci, conhecia Tomás de Aquino. Assim como O Capital, tinha lido os Evangelhos. Esteve muito próximo do cristianismo, chegou a passar algumas semanas num mosteiro, mas nunca chegou a declarar-se cristão. Estudou também o Darma budista e, claro, o Corão, com crescente interesse.

Não foi uma decisão de impulso. Resultou de anos de leitura e reflexão, alimentadas pela necessidade de encontrar o lugar da transcendência em suas preocupações políticas. Escreveu um livro sobre a possibilidade de aproximar o marxismo e o Islã. Me confiou uma cópia que, mais tarde, fiz chegar às mãos de suas filhas.

O estudo não se limitou aos livros. Enquanto interessado pelo cristianismo, buscou conviver com pessoas e comunidades cristãs. Assim fez ao se aproximar do Islã. A alegria que me confessava, portanto, era mais do que a de um encontro solitário com Deus, mas com uma comunidade em que julgava compartilhar uma visão e um projeto de mundo opostos à grande idolatria dos nossos tempos: o culto ao dinheiro.

De repente, nova reviravolta profissional. Foi convidado para trabalhar nos EUA. Só voltei a vê-lo, pouco anos depois, ao receber uma ligação, informando que estava hospitalizado, em Porto Alegre, com câncer terminal. Visitei-o todas as semanas, até o dia em que me falou, com sua generosidade amiga, ao me ver engolir um soluço, que estava tudo bem: “A vida é boa. O mundo é perfeito”.

No dia seguinte, recebi a notícia. Fui vê-lo, pela última vez. No grande silêncio, soprava uma brisa, acho que lá de Arroio do Só, me segredando os versos da canção:

“Meu amor é um pão caseiro,
ainda quente e doce em mel,
que eu trago em minhas mãos
infantis”…  

* Carlos Mossmann é jornalista e trabalhou com Jefferson Barros na redação da Folha da Manhã, de Porto Alegre, e do Correio Serrano, de Ijuí. Também colaborou com os jornais Opinião, Movimento e Informação Política, da imprensa alternativa. De volta a Novo Hamburgo, sua cidade natal, trabalhou no jornal NH e em assessoria de imprensa. Foi secretário-diretor de Orçamento Participativo, na administração municipal, de 2009 a 2011 e secretário de Cultura, 2012 a 2016.

(continua amanhã)


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QUEM VAI DAR UM PONTAPÉ NO TRASEIRO? - Lupi, o falso, presidente do PDT, pede o impeachment do presidente da República.
Como bom capacho, segue orientação de Lula.
...
Agora, indago aos pedetistas? Quando vão pedir o impeachment dessa figura grotesca?
Esqueceram que dona Dilma o expulsou do Ministério do Trabalho por malversação e otras cositas.


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FORCOLEN E A BRONCA COM O PREFEITO





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PREFEITO SÓ FAZ EXIGÊNCIAS.
ESTÁ NA HORA DE CEDER!

Câmara de Porto Alegre deve votar nesta
quinta isenção de água e IPTU durante a pandemia


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SABIA QUE O TULIO MILLMAN NÃO IRIA ME DECEPCIONAR! - Tudo bem, ele ainda não começou uma frase com "então". Mas, em compensação, para mostrar que é um jornalista fashion,  um homem moderno, olha só o que escreveu hoje no ZH. Claro, no seu espaço:



TÚLIO GENIAL!!


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POR FALAR EM JORNALISTA...
OLHA ESSE AÍ, NO POPULAR, CAGÃO!!

Tem mais medo da mulher do que do bicho chinês!!




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HAHAHAHAHA!!!
SEM DEBOCHES! SÓ OLHE O PAPEL DE PAREDE!!!


Estes dois com papel de parede baratinho





Comprou numa liquidação. Só pode! 




Esse papel de parede é importado! Oink! Oink!



Até o Professor Girafales faz lives com
papel de parede de estande de livros!!



A Cristina tem um papel de parede fashion.
Atenção: Ela não está sesteando!





Para interessados! Uma baita ideia!!



URGENTE!!
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Nada de meia dúzia de livretos!!
Uma biblioteca fashion, de alto nível!!
Vários modelos!! Escolha e encomende!!








BLOG DO PRÉVIDI:
SEJA UM JORNALISTA INTELECTUAL!!
O SALVADOR DAS LIVES DE JORNALISTAS!!


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MÁSCARAS - Sei que estou errado, mas não consigo usar estas máscaras. Um amigo, dono de uma farmácia, me vendeu uma e vaticinou: "Esta tu vais usar!"
Que nada. Mas estou me esforçando.


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GOD!! SEPARADOS NA MATERNIDADE!!




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AUMENTA VELOCIDADE DO SERVIÇO - A Oi alcançou neste mês a marca de 1 milhão de clientes do seu serviço Oi Fibra, um dos principais pilares de negócios da companhia como prevê o plano estratégico de transformação em curso. Nesse momento de isolamento social provocado pela crise do coronavírus, em que a preocupação maior está em oferecer uma boa experiência de conectividade e garantir a saúde das pessoas, a operadora está anunciando também o aumento da velocidade de envio de dados (upload) na fibra para seus clientes pessoas físicas e jurídicas (PMEs), que será triplicada.
Atualmente, a Oi Fibra está disponível em 108 cidades, em todas as regiões do país, com ofertas de serviços de internet, telefonia fixa (VoIP), TV por assinatura (IPTV) e conteúdo sob demanda (OTT) com alta velocidade, a partir de 200Mbps, e qualidade e estabilidade de conexão por pura fibra ótica. No Rio Grande do Sul, a companhia possui mais de 70 mil clientes do serviço Oi Fibra, que está disponível em 11 cidades: Porto Alegre, Alvorada, Canoas, Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, São Leopoldo e Viamão.
“Estamos passando por um período no qual a prestação de serviços de telecomunicações, mais do que nunca, é fundamental para a população manter sua comunicação, suas fontes de renda e ter acesso a informação, educação e entretenimento, e também fundamental para que as empresas possam dar continuidade a suas operações, vendas, entregas e atendimento, em boa parte doas casos por meio da possibilidade de trabalho remoto. Diante da nossa responsabilidade, estamos trabalhando fortemente para garantir a entrega de serviços de qualidade aos nossos clientes, seguindo todas as orientações das autoridades sanitárias para preservação da nossa operação, do nosso atendimento e da saúde dos nossos colaboradores, visando amenizar os impactos da pandemia e contribuir com a manutenção das atividades no país”, afirma Rodrigo Abreu, presidente da Oi.
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A Oi Fibra foi lançada em 2018 e desde então a companhia vem investindo constantemente na expansão e no aprimoramento do serviço para democratizar o acesso da população à mais moderna tecnologia de conexão de internet. Atualmente, a Oi Fibra está disponível para contratação em 5,7 milhões de endereços (homes passed) em todas as regiões de país. A partir de agora, a companhia irá triplicar a velocidade de envio de dados (upload) da Oi Fibra para todos os clientes do serviço.

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TILÁPIAS E HORTALIÇAS - A jornalista e RP Maria Inês Möllmann, casada com o jornalista Flávio Portela, também é produtora de tilápias e hortaliças frescas.
Realiza vendas diretas.
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ALUGUE NA CIDADE BAIXA

Casa com 8 peças, 2 banheiros
8 peças: 2 quartos de frente, um outro quarto no meio, sala e varanda, cozinha, dispensa, área descoberta e 2 banheiros.

120 metros quadrados

Rua da República, 153 - parte de cima da casa (parte térrea está alugada)
Aluguel: R$ 3.000,00
Contato pelo jlprevidi@gmail.com


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PIADINHA OU NÃO É PIADINHA?

Enviada pelo André Corrêa Rollo:





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NÃO É PIADINHA

Jamais imaginei que existiria isso!

(clica em cima que amplia)




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PIADINHA

Cena forte: atropelamento





3 comentários:

  1. Pô Previdi! Onde esta a sessão Lembranças do Verão???? Aceite isso como uma crítica!
    Grande abraço,

    Pedro Leon.

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  2. Excelente o texto sobre o Jefferson Barros, deu vontade de saber mais sobre tal figura ímpar.

    Abraços,
    Marshal

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