Quinta, 21 de julho de 2011 - parte 3

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Pompeo no Ministério do Ar
Pompeo de Mattos, três vezes deputado federal, duas vezes deputado estadual, ex-vereador e ex-prefeito de Santo Augusto, concorreu a vice na chapa de José Fogaça, perdeu e ficou, como ele mesmo diz: no “Ministério do Ar”. O pedetista, que foi presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, onde investigou a “Operação Condor” e foi obrigado a ser escoltado constantemente por seguranças, hoje aguarda, em uma pequena mesa no Banco do Brasil, instituição em que é funcionário de carreira, uma definição partidária. Seu futuro “é incerto” e ele não esconde a mágoa. Confira os principais trechos da entrevista.

Casei com um, dormi com outro
“Quando saí candidato á vice, no primeiro momento, seria do Tarso (Tarso Genro). Casei com um e dormi com outro. Seria o vice do Tarso e virei vice do Fogaça. Com todo o respeito aos dois, o Fogaça é uma bela figura. Mas virei vice do Fogaça em função da prefeitura. Durante este episódio, o prefeito Fortunati falou ao menos uma dezena de vezes comigo, algumas dentro da minha casa, pedindo para que eu fosse vice e dizendo que, caso desse errado, estaria com ele na prefeitura”.

No limbo: nem banco, nem governo
“Estou fazendo esse serviço (no banco) com um salário, reles salário, no aguardo de uma definição de função. O próprio banco diz pra mim que não define uma função esperando que o governo defina. O único que perdeu nessa eleição fui eu. Porque quem era deputado no PDT se reelegeu, ou virou secretário municipal, ou virou secretário estadual, ou foi para alguma diretoria estadual. Eu, que era deputado, fiquei no limbo”.

Fortunati se esqueceu de como chegou lá
“Fortunati virou prefeito e, lamentavelmente, esqueceu de como chegou lá. Mesmo assim, eu o considero, é o nosso prefeito, é o meu prefeito, eu o ajudei a ser prefeito. Naquilo que eu puder, quero ajudar a renovar o mandato dele. Não sei se ele vai querer que eu ajude né… ele não cumpriu aquilo que dialogou comigo”. Espero que o Fortunatti nos ajude.

Estou vivo, não deixo o partido

“Estou vivo. Muito disposto, com os olhos no horizonte. Esses episódios, claro, machucam a gente, mas eu tenho a solidariedade da direção do meu partido. A direção nacional e a direção estadual nunca faltaram comigo, sempre brigaram por mim”. Perguntado se pensa em trocar de partido, Pompeo é enfático: “Nunca esteve em questão. Não existe hipótese. Tenho um respeito muito grande pelo Romildo Bolzan, que é o meu presidente, e eu sou o Secretário Geral do partido”.

Novo PDT

Para Pompeo de Mattos, o PDT tem que passar por uma organização interna, tem que entrar nas redes sociais com muito mais intensidade. “Hoje a campanha mudou de forma, nós temos quem conhecer melhor as nossas bases, nossos filiados. Temos que preparar candidatos e candidaturas, no mínimo, um ano antes e não esperar no dia da convenção para caçar alguém lá no campo, a tiro de laço para ser candidato”.
“O PDT é um partido que tem as mãos limpas, herança de Brizola e não é porque lavou as mãos. Tem as mãos limpas porque nunca sujou. Tem trajetória, tem história, passado e tem presente. O futuro a gente tem que construir e isso depende da gente. E eu quero ser um dos construtores”, afirmou Pompeo de Mattos.

Um comentário:

  1. O problema é que este tipo de ente político se elege prometendo defender os interesses da população, e em seu íntimo a verdade verdadeira é que utilizam o voto dos incautos para melhorar de vida e terem algum poder. Quando ocorre o fracasso em algum intento, por uma avaliação estratégica mal ponderada, eles podem ficar sujeitos a gramar no limbo. Aliás ficar no limbo é uma palavra nova, antigamente se usava uma palavra de origem grega para isto: ostracismo.
    Pelo que entendi o seu Pompeo de Mattos está externando sua tristeza por que se deu mal na eleição municipal, por um erro de avaliação e agora "chora as pitangas" por que não levou uma teta junto ao bando dos PeTralhas.

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