Bom Dia! Sexta, 27 de maio de 2011

A roubalheira da cartolagem brasileira
Sei que é chover no molhado, mas se vivêssemos realmente numa democracia, a maioria dos cartolas do futebol brasileiro estariam em cana. Ah, não entendeu a "democracia" da frase anterior? Claro, a cadeia tinha que ser pra todo mundo!!
Desde a CPI do Futebol, da Câmara Federal, que Ricardo Teixeira e sua gang deveriam estar em cana. E esse João Havelange também, mesmo que, na época, já tivesse passado dos 80 anos.
Ficaram comprovadas todas as suas mutretas, picaretagens e roubalheiras. Dele e de um grande número de cartolas brasileiros. Inclusive gaúchos da gema, que estão por aí, numa boa.
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Um dos gaúchos mais bem informados deste Rio Grande chama-se Renato Marsiglia, hoje comentarista da SporTV. Vive mais no Rio e em outros Estados do que em Porto Alegre. Mas tenho o privilégio de normalmente conversar com ele.
Hoje, ele me passou parte da coluna que escreve, duas vezes por semana, para diversos jornais do interior gaúcho, porque tenho tratado do assunto. Como disse, Marsiglia é muito bem informado - talvez por isso não tenha durado muito tempo na Rádio Gaúcha - e escreve muito bem.
Confira. Mais claro impossível.
São 3 notinhas para guardar.
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O SUBORNO DA CARTOLAGEM
Em 2001 a ISL foi à falência, quase levando junto o Grêmio, o Flamengo e a própria FIFA. O advogado Thomas Bauer foi nomeado para cuidar da massa falida, descobrindo que a ISL havia feito uma série de pagamentos ilegais a vários dirigentes através da subsidiária "fantasma" Sunbow S.A., no paraíso fiscal de Liechtenstein. Tratava-se de suborno de cartolas. O programa “Panorama” da BBC, entre outros nomes muito conhecidos dos gaúchos, cita Ricardo Teixeira e João Havelange.

O SUBORNO DA CARTOLAGEM - 2
Thomas Bauer entrou com uma ação cível contra os dirigentes numa corte suíça do Cantão de Zug, exigindo 6 milhões de dólares de volta. Em fevereiro de 2004, a soma quase integral foi transferida para uma conta chamada Escrow Number 1/Weber num banco de Zurique. A massa falida recebeu o dinheiro de volta e retirou sua ação cível.

O SUBORNO DA CARTOLAGEM - 3
O jornal suíço Sonntag Zeitung publicou uma reportagem informando que quem negociou a transferência do dinheiro foi o advogado Peter Nobel que apelou para a Corte Federal e conseguiu que os detalhes da transação permanecessem secretos. Quem estaria pagando pelos seus serviços? A Corte Suíça prestaria um enorme serviço ao futebol brasileiro (e gaúcho em especial) se permitisse que as identidades dos dirigentes subornados viessem à tona.

Um comentário:

  1. E a seleção brasileira? Antigamente convocava-se quase sempre os mesmos atletas, os melhores; quando esta turma tomou conta da CBF a cada convocação surgem novos jogadores, alguns completamente desconhecidos, que estão no exterior; acordo com os empresários, para valorizá-los e depois "levar algum"?

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