Cinema com Wilson Rosa - 26 de maio
Piratas do Caribe - vem aí o filho de Jack Sparrow
A velha Walt Disney não perdeu o pique com as aventuras bem produzidas. Os Piratas do Caribe estão de volta pela quarta vez para provar isso.
O capitão Jack Sparrow continua empolgando a platéia com eus trejeitos e improvisos. Johnny Depp está muito bem no papel de um personagem que já entrou para a história do cinema. Em “Navegando em
Águas Misteriosas”, o capitão reencontra uma mulher do passado, a filha do lendário Barba Negra, que é interpretada por Penélope Cruz (que continua com o inglês carregado). Os dois partem com uma
tripulação maluca (incluindo zumbis) e buscam a Fonte da Juventude. Geoffrey Rush também está de volta como o pirata da perna de pau Barbossa, em mais uma excelente atuação.
Para criar Jack Sparrow, Depp se inspirou no guitarrista do Rolling Stones, Keith Richards, que faz uma ponta como o pai do capitão. Com belas locações e muita ação, Piratas do Caribe 4 vale pela diversão.
No meio da aventura aparecem as sereias, que mostram porque não se deve cair no canto delas.
Aliás, a primeira sereia é mais feia que as coadjuvantes. Deve ser parente do diretor Rob Marshall, que se saiu muito bem nesta sequência. Só um detalhe: desnecessário mais uma vez forçar algumas cenas em 3D para cobrar ingresso mais caro.
O talento dos atores e a boa fotografia superam esse efeito visual. E a julgar pela declaração da personagem de Penélope, na parte final, vem aí o filho do capitão Jack Sparrow.
Piratas do caribe 4 - Navegando em Águas Misteriosas, de Rob Marshall,
aventura, 141 minutos – 12 anos
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Caminho da Liberdade é cinema de verdade
Com o filme “Caminho da Liberdade”, os grandes diretores estão de volta.
Depois de sete anos afastado do circuito mundial, Peter Weir nos brinda com um clássico. Baseado em fatos reais, o cineasta conta a história de um grupo que caminhou mais de seis mil quilômetros para escapar de um gulag soviético, os campos de concentração dos russos.
Eles fugiram da Sibéria, passaram pelas montanhas do Himalaia e foram parar na Índia. Tudo em nome da liberdade. Nesta produção, a paisagem é a grande atração e as locações são as grandes personagens. O cenário no meio da floresta siberiana, sem truques ou efeitos digitais, explica porque o filme demorou tanto tempo.
A equipe quase congelou nas filmagens e os atores sentiram na pele o que é sobreviver na taiga com frio extremo. O longa é uma adaptação do livro The Long Walk, que relata a fuga verídica, em 1941, de sete prisioneiros pegos pelo regime stalinista. Eles fogem do confinamento durante uma nevasca.
Peter Weir retrata bem a luta pela liberdade desses homens em ambientes extremos. Eles passam frio e fome na floresta siberiana e depois enfrentam o calor e a sede no deserto de Gobi. Não sei o que é pior. Ed Harris é o americano do grupo e ensina que neste ambiente a bondade pode ser fatal. Colin Farrell está muito bem no papel do ladrão Valka, que tem uma faca, um equipamento de sobrevivência e poder nestas horas.
E no meio do caminho eles precisam ajudar a jovem Irena, que também foge do regime comunista. Uma saga bem produzida para a telona.
E o que é melhor, com gente de verdade, sem efeitos especiais e digitais.
Caminho da Liberdade (The Way Back), de Peter Weir, aventura/drama,
132 minutos – 12 anos
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