DAQUILO QUE NÃO VIVI!!
Sempre acreditei que o dia do nosso aniversário é perfeito para se pensar no futuro - mesmo que a gente esteja ficando mais velho. E também dar uma rememorada por momentos legais do passado.
Ontem, por exemplo, me lembrei dos bares e restaurantes que ia com meus amigos, todos com 20 e poucos anos. O principal era o velho Pedrini, na avenida Venâncio Aires. Além de todos aqueles bares fedorentos da avenida Osvaldo Aranha.
Quase sempre, no final de noite, terminávamos no mais fedorento de todos, na esquina das avenidas João Pessoa e Venâncio Aieres, em frente ao Cine Avenida. Claro que os meus amigos, hoje "senhores de respeito" nem devem lembrar mais daquele boteco (né Valério Campos e Luiz Reni Marques?. Até porque era uma mistureba danada, tinha de tudo.
Ali por perto tinha o Pica-Pau, onde tomávamos chope com Trigo Velho (não é isso, Djalmo Barcellos e Rimon Hauli?) Na frente tinha o Mondo Kane, mais sofisticado.
Bah!!
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E quantos cachorros-quentes maravilhosos comi na minha vida?
Me dá uma tristeza terrível quando vejo a composição dessas salsichas que estão sendo vendidas nos supermercados.
Pequeno, era fissurado pelo hot dog do Bob's, no Rio.
Mais tarde, chegava a sonhar por aquele vendido em Ipanema (Porto Alegre), por uns caras, de avental branco, que andavam com um cesto de pão e as salsichas em uma lata, aquecida por carvão. Só com mostarda.
Depois, as carrocinhas no entorno do Mercado Público. Aí os caras aumentaram o número de ingredientes.
Mas, sem dúvida, o melhor de todos era o Cachorro Pastor.
Para minha felicidade, era num barzinho na frente do edifício em que morava, na Venâncio Aires. Vinha tapado com queijo derretido. O Rogério Mendelski é um dos poucos que conheço que se lembra, saudoso, do Pastor.
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Não vivi, por exemplo, a época de se trocar revistas em quadrinhos na frente do Cinema Carlos Gomes.
Em compensação, mais crescido, namorei bastante no que antes se chamava Belvedere do Morro Santa Teresa. De carro, claro. E em Ipanema, olhando pro rio (não me venham com essa bobagem de lago).
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Não cheguei a conhecer essas figuras aí embaixo. Devia ser um pavor!!
O homem de Vermelho
Post no Facebook do incansável e imbatível Paulo Pruss, no Porto Alegre Personagens Lotado.
Nenhuma referência clubista, o homem de vermelho era o temível cobrador, que amedrontava os pacatos cidadãos endividados da cidade nos anos sessenta, sobretudo de uma época mais conservadora, logicamente seus uniformes eram todo vermelho para assim chamar mais a atenção. “Visitavam” devedores que ainda não tinham saldados suas dívidas, sobretudo do comércio local, e que não tinham atendidos aos métodos tradicionais de cobranças.
O objetivo era envergonhar, constranger, apavorar, execrar o “caloteiro”, humilhar, quando um desses cobradores aparecia no bairro, todos acompanhavam seus passos para saberem em qual casa iria bater, geralmente batiam palmas, para “matar de vergonha” seus moradores. Mesmo assim alguns desses moradores tentavam rejeitar a cobrança e para seus vizinhos, dizia “bateu aqui para pedir uma informação” - evidente que ninguém acreditava, mas era necessário, pelo menos a tentativa para se manter com uma certa dignidade.
Claro que também havia violência, alguns “homens de vermelhos” apanharam ou tiveram que correr pelas ruas para escapar da surra.
Esse método de cobrança não durou muito, os SPCs foram fundados na metade dos anos cinquenta, mas os cadastros eram precários, daí a necessidade de uma cobrança mais “eficaz”.
Na Bahia, o método se diferenciava, homem de vermelho “colava” no devedor, acompanhava o caloteiro o dia todo, causando vergonha e embaraço para suas vitimas ".
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Como é que não nasci antes para assistir isso?
E tem muitas coisas mais que gostaria de ter vivido e tenho saudade!!
Mas vivi muito!!
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Ontem, alguns me perguntavam quantos anos estava completando.
E eu:
- 42 e 35 de jornalismo. Comecei com 7 anos no Jornal do Brasil. No Caderno B.
Hahahahahahaha!!!!!!
Sabe o que é pior?
Aguardo ansiosamente o próximo aniversário.
Porque além de fazer um festão vou começar a furar as filas dos aeroportos, dos bancos, de tudo.
Mas hoje ouvi uma conversa que querem terminar com estas barbadinhas para quem faz 60 anos.
Ah, isso é bullying!!
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Pra encerrar:
Tem uns abobadinhos que escrevem aí nos comentários, anônimos, furiosos comigo e lá pelas tantas me chamam de velho. Como uma baita ofensa.
Hahahahahahaha!!!!!!!!!!
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