O ANDRÉ MACHADO
Deixo bem claro que não tenho nada a ver com as decisões que as pessoas tomam. Muito menos em relação a suas opções. Só meto o bico quando a dita torna-se pública.
Certo?
Escutei hoje, atentamente, o papo do jornalista André Machado, no início do programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha. Pelo que entendi, dupla despedida: do Grupo RBS - para sempre? - e, pelo jeito, do jornalismo, depois de parcos 17 anos. Não foi claro o suficiente, mas deu a entender que irá se dedicar a política. Como fez o pai, o grande Dilamar Machado. Concorre no ano que vem.
Constatação: há uma imensa diferença entre a carreira do pai e do filho. Dilamar foi, sem dúvida, um dos mais populares comunicadores do rádio gaúcho. Apresentava o Vozes da Cidade, também na Rádio Gaúcha, na década de 60. Elegeu-se com uma admirável votação para a Câmara de Vereadores. Mais tarde, na redemocratização, foi deputado estadual e mais duas vezes vereador. Não conseguiu chegar à Câmara dos Deputados.
André é popular apenas junto aos ouvintes das rádios que se dedicam ao jornalismo. Utiliza bem as chamadas redes sociais e é, como se dizia antigamente, um "bom rapaz". Há tempos que se escuta uma conversa de que ele iria concorrer a um cargo legislativo. O primeiro sinal foi quando deixou de ser um dos coordenadores de jornalismo da Gaúcha - antes, havia deixado a apresentação da atração Chamada Geral - Segunda Edição.
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Dilamar nunca foi um homem rico, como são muitos políticos neste século. Vivia bem, apenas.
Na última vez que conversei com ele, em seu escritório, me disse que não iria mais concorrer:
- Não tenho dinheiro para arriscar.
E conversou muito comigo, sempre com um Charm entre os dedos.
André, como eu sei que é um sujeito honesto, íntegro, não deve ter acumulado em 17 anos de RBS nenhuma fortuna - até porque os jornalistas de verdade não ficam milionários.
É interessante: Ele largou um emprego razoável UM ANO antes da eleição.
Significa que vai ficar UM ANO sem ganhar nada - não tem o perfil daqueles jornalistas que vão à luta, "atrás dos pilas".
Família, amigos e apoiadores podem ajudar? Claro, mas é complicado.
Não vou nem considerar que estima-se que uma campanha vitoriosa à Câmara Federal - essa é a sua pretensão - custe entre 500 mil a um milhão de reais. Tudo bem, que ele não gaste tudo isso. Mas sem gastos por volta de 100 mil reais NINGUÉM se elege vereador em uma cidade média do RS. Ou não?
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O mais interessante é a sua opção pelo PCdoB.
Dilamar, depois que foi extinto o MDB, foi um dos primeiros a optar pelo PDT de Leonel Brizola. E morreu pedetista, brizolista.
Hoje, escutei o André dizendo que sempre foi e será brizolista. Para ele, o atual PDT é de uma figura - que considero repulsiva - chamada Carlos Lupi - Lupi, o falso. Concordo com ele. O PDT hoje é de propriedade de Lupi, o falso, e de alguns "líderes" estaduais.
Também ouvi hoje o André dizer que o "PCdoB é um partido democrático".
Aí não me contive: HAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!
Jamais vou me esquecer de um programa do PCdoB, há uns anos, no horário eleitoral gratuito de rádio e TV, que foi produzido em homenagem a um bandido internacional chamado Raúl Reyes, "porta-voz internacional" das FARC, a organização criminosa colombiana.
No século passado, os comunistas do Brasil idolatravam Envër Hoxha, o ditador stalinista da Albânia. Depois mudaram para outro ditador sanguinário, Mao Tsé-Tung, da China.
Agora, neste século flertam com o Vietnan e a Coreia do Norte.
Mas o grande país dos comunistas do Brasil é Cuba. E os irmãos Castro. Deuses!
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E o André vem me falar em "partido democrático" como todo esse currículo internacional!!
Nem vou tocar na administração passada de um comunista do Brasil no Ministério dos Esportes.
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Hoje de manhã conversei com vários amigos que também são jornalistas.
Todos estranharam a opção do André.
Mas, assim como eu, todos estamos na torcida, mesmo considerando que ingressou na política por uma porta estreitíssima, sem saber o que irá encontrar do outro lado.
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Pra encerrar: como o André é um cara esperto, e que leva a sério as chamadas redes sociais, deve estar conferindo os comentários que estão fazendo sobre a sua opção partidária.
Boa sorte, mesmo!!
E o pior vai ser ter que aguentar o Daniel Scola é mais uma invenção da RBS (assim como a Carolina Bahia). Já estava migrando para a Guaíba. Agora vou de vez.
ResponderExcluirabs
Celso Gutierres
André Machado foi meu professor de Rádio II, na Unisinos. Foi um professor exemplar, que, mesmo após ter saído da Unisinos (opção profissional à época, pois fora chamado para assumir a chefia de reportagem da Gaúcha), foi convidado para paraninfo da turma de Jornalismo, mesmo não sendo mais professor da Insituição. Como aluno, guardo dele a integridade, o conhecimento de jornalismo e a conduta pessoal. O que, evidentemente me resolve um problema sério... Já tenho um candidato para as próximas eleições. Estácio Nievinski Filho
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