Glauco Fonseca
Acabei de devorar o Guia Politicamente Incorreto da História
do Mundo, der Leandro Narloch. Leitura obrigatória. Obrigatoríssima.
Além de sabermos que Gandhi tinha um fisiculturista alemão
com quem morou muito tempo, depois de abandonar esposa e filhas, que no Tibete
do Dalai Lama o sexo dos monges era permitido apenas com jovens rapazes (com
mulheres, nunca!) e que Madre Teresa era podre de rica, o livro do Narloch tem
um capítulo sobre o “socialismo” de Hitler. Sim, Hitler era um socialista!
Aliás, para quem não sabe, nazista era um sujeito simpatizante do Partido
Nacional Socialista Alemão. Entre as reivindicações políticas do
partido:
“Nós exigimos uma reforma
agrária adequada, legislação para desapropriação de terras com propósitos de
utilidade pública.”
“Nós exigimos a divisão de
lucros de indústrias pesadas.”
“Abolição de rendas não
auferidas através do trabalho. Fim da escravidão por juros.”
“Nós exigimos que o Estado
financie a educação de crianças com excepcionais capacidades intelectuais,
filhas de pais pobres, independentemente de posição ou
profissão.”
“Por todos os meios, o
capitalismo deve ser eliminado.”
Sobre Hitler, no início de sua jornada, Narloch escreve:
“diferentemente dos oradores da época, quase todos senhores acostumados a
fazer discursos solenes e pomposos, ele usava a linguagem popular e um ritmo
vibrante.”.
Outro trecho diz: “Nazismo e Comunismo se tornaram, assim,
lados opostos da mesma moeda revolucionária – ou “gêmeos heterozigotos”, como
descreve o historiador francês Pierre Chaunu. Um lado pretendia exterminar o
outro, mas ambos queriam varrer a ordem capitalista para criar um mundo
perfeito, sem conflitos de classe – e nenhum deles via problema em matar alguns
milhões e alcançar sua versão do paraíso terrestre.”.
O vermelho das bandeiras nazistas, os símbolos e outros
elementos visuais eram comuns às duas ideologias – nazista e comunista - e, para
os nazistas, não era por acaso. A tática de criar confusão foi fruto de
aprendizado. “Organizar comícios, impor a intimidação, técnicas de disrupção
e de como lidar com conflitos” eram táticas aprendidas dos opositores
comunistas que geraram os frutos horripilantes da Segunda Guerra Mundial.
Hitler, em sua biografia, disse “Pouco a pouco, depois de
um discurso meu, que durava 3 horas, adeptos e adversários chegaram a fundir-se
e uma só massa, cheia de entusiasmo.”.
Parando para pensar, nem que seja por alguns segundos,
sejamos sinceros. Já ouvimos ou vivenciamos tudo isto em algum momento, certo?
Coisas do tipo “democratização da mídia”, reforma política via plebiscito e
outras, soam meio déjà vu, não? Pessoas encapuzadas espalhando terror nas
ruas, mídias ninjas e outras obscuridades não seriam sinais mais do que claros
de que algo está precisando urgentemente de conserto?
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