Quinta, 19 de setembro de 2013 - parte 2

ROBERTO DE "ASSIS" MOREIRA,
UMA DENÚNCIA. 
SERÁ VERDADEIRA?

Por Gilnei Lima - jornalista

Fui abordado por um homem que tinha em mãos um grande volume de impressos. Ele estava usando bengala. Nos impressos que ele trazia para distribuir ao maior número de pessoas, estava um resumo de um episódio, no mínimo para ser questionado, mas vá lá.

O conteúdo do folder não era publicitário. Não no sentido comercial, mas de denúncia de um suposto crime - muito grave.

Trata-se de um texto intrigante, mas que contém informações com datas, números de documentos oficiais, nomes de pessoas do judiciário e, dos acusados. Deixando de lado o formato do texto, o seu conteúdo tentarei converter para uma descrição mais clara e concisa.

O TEOR DO FOLHETO
"Meu nome é Antonio Raul Fraga. Em 25.09.2010 fui baleado na cabeça, em uma tentativa de homicídio. Fiquei em coma durante quinze dias e internado por cerca de quarenta dias. Por cerca de um ano permaneci em recuperação, mas recebendo cuidados em minha residência. Algumas das sequelas foram a perda da visão do olho esquerdo, e parte da massa encefálica deste mesmo lado. Atualmente tenho somente cinquenta por cento de visão do olho direito.

Minha memória começou a se recuperar, passado muito tempo e, graças a redução dos medicamentos. Quando comecei a me sentir mais organizado mentalmente, consegui fazer alguns contatos, ouvindo relatos e pessoas que testemunharam o crime e, acabei por descobrir que havia me alvejado. Este criminoso encontrava-se recluso no Presidi o Modular de Charqueadas. Seu nome: Tiago Oliveira Bento.

Quando ele tentou me matar estava em regime semi-aberto. Mais recentemente descobri que ele fizera isso à mando de Roberto de Assis Moreira, o ex-jogador Assis e irmão de Ronaldinho Gaúcho. Quem tratava dos 'negócios' era seu advogado Sérgio Felício Queiroz, OAB 45764. O Assis mantém cerca de quinze integrantes da Brigada Militar como seus seguranças. Em momento oportuno, diante da justiça, revelarei o nome da pessoa que fez o pagamento para que eu fosse executado, tendo como mandante do crime o próprio Assis e seu advogado.

Eu mantinha contrato de locação com o Assis - O Porto Alegre Futebol Clube, e que se encerrava em 13.06.2011. O clube se manteve inativo até agora, pois acreditavam que eu não iria sobreviver, então desnecessário me pagar. Em 24.09.2010 a JUCERGS, Junta Comercial do RS, registrou o clube em nome de Roberto de Assis Moreira sob nº 921/2010, Processo 001/1.09.0234610-9. Assis deveria ter pago o saldo do contrato de locação em 27.09.2010, pois encontrava-se em aberto o pagamento do ano anterior, relativo ao período 2009/2010, uma vez que o pagamento era anual. Eu acabei sendo baleado no dia 25.09.2010 às 10:45h, daquela manhã em pleno camelódromo. Se eu não tivesse sobrevivido, o clube com 25 hectares, estádio, oito campos de futebol com medidas oficiais, parque de diversões, entre outras benfeitorias, seria de Assis, uma vez que o registro na Junta Comercial se deu no dia anterior ao fato.

Com o auxílio do Ministério Público, particularmente pelo Promotor de Justiça Dr. Voltaire de Freitas Michel, acabei por ter um atendimento e orientação de alto nível. Instaurado o processo nº 21001319000, uma audiência foi marcada para o dia 26.06.2013, porém, sem entender ao certo as razões, o Exmo. Juiz Dr. Sandro Luiz Portal transferiu a audiência para o dia 18.09.2013.

Dias antes da audiência que foi transferida, em 20.06.2013, acabei por ter contato com a advogada do criminoso preso. Esta demonstrou grande surpresa ao saber das motivações da tentativa de homicídio, tanto que no dia seguinte renunciou ao caso, abrindo mão de ser a defensora do réu.
Possuo todas as provas sobre o que manifesto nesta publicação, e que deliberadamente resolvi distribuir para que mais gente saiba dos acontecimentos.
Assina: Antônio Raul Fraga"

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