Não precisa despender muito tempo.
Basta conferir a página 8 da Zero Hora de hoje.
É, além de asquerosa, tendenciosa; um "jornalismo" panfletário, mentiroso, imundo.
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Título e linha de apoio:
Secretário de Saúde faz desabafo
Casartelli, que passou a tarde recebendo críticas na Câmara da Capital, afirma ser vítima de inimigos que desejam seu cargo
Coitadinho, não?
Olhem o início da "matéria":
Pivô da corrosão da base de apoio ao prefeito José Fortunati (PDT) na Câmara de Vereadores, o secretário municipal da Saúde, Carlos Casartelli (PTB), esperava ficar 30 minutos na Casa ontem, o suficiente para assumir a vaga deixada pelo colega de partido Cássio Trogildo (PTB), cassado pela Justiça Eleitoral, e retornar à pasta. Mas meia hora virou uma tarde inteira de baixaria e bate-boca com os vereadores que pedem sua cabeça ao prefeito.
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Tudo bem, já que o autor da pérola afirma que foi uma tarde de "baixaria e bate-boca" mais do que lógico que tratasse, mesmo resumidamente, do que falaram sobre o secretário.
Nada disso.
O infeliz não diz o que escutou de baixarias e/ou bate-boca.
Apenas referiu-se ao forte pronunciamento do vereador Valter Nagelstein (PMDB), da seguinte forma:
A controvérsia mais recente envolve o vereador Valter Nagelstein (PMDB). Casartelli e ele discutiram pelo Twitter, e o peemedebista agora ameaça romper com o governo se não receber uma retratação. Ambos alegam terem sido alvo de acusações injustas.
– Queria dizer bem-vindo, mas, enquanto não ouvir uma retratação desta acusação – que é um crime –, não me sinto mais em condições de apoiar as políticas que são encaminhadas por este governo – disse Nagelstein.
Ontem, Casartelli não se retratou. O secretário afirma que o regimento da Câmara foi alterado para obrigá-lo a acompanhar toda a sessão e ouvir as críticas dos vereadores.
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Sabem do que se trata?
O vereador Negelstein leu, no final de semana, todo o vergonhoso processo que culminou com a compra, pela Secretaria da Saúde de Porto Alegre, do livreto "Zumbis do Crack", por 750 mil reais, e mais de 200 mil reais por palestras e oficinas. Aí comentou no Twitter a sua estranheza com o "investimento" de mais de um milhão de reais. Bah, Casartelli ficou furioso e acusou Nagelstein, resumidamente, de fazer a chamada "advocacia administrativa" - nome bonitinho de lobby.
Ontem, o vereador do PMDB fez um duro pronunciamento sobre o caso.
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Mas a Zero Hora e os demais veículos da RBS jamais trataram da compra absurda e vergonhosa do livreto "Zumbis do Crack", certamente porque um dos autores da "obra" é funcionário da RBS TV.
Isso se chama espírito de corpo, não?
Mas num grupo de comunicação?! E, ainda mais, que se jacta de ser imparcial e honesto?
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O mais interessante vem numa entrevista pingue-pongue.
Peço apenas que leiam este trecho da pérola "jornalística":
ZH – Mas não é só ele (Dr. Thiago). Valter Nagelstein disse que vai deixar a base do governo por sua causa.
Casartelli – Nagelstein saiu me acusando de cometer um ilícito.
ZH – O senhor cometeu?
Casartelli – Sou um servidor público com 24 anos de carreira. Tenho um apartamento e um carro, e nada está no meu nome, porque não tenho filhos. (????????) E te digo a razão: simplesmente porque tenho uma relação homoafetiva, as filhas são do meu parceiro, os netos também e não tenho interesse em colocar nada no meu nome. (?????????????????????????)
ZH – O senhor acredita que é vítima de homofobia (Hahahahaha!!!!!!!!) por parte de algum vereador?
Casartelli – Não, acho que não. Fui ameaçado pelo Twitter e pelo Facebook, porque o Dr. Thiago manipula as pessoas que estão em uma situação difícil, como o pessoal do Instituto de Cardiologia, e estimula essas pessoas a fazer coisas. Infelizmente, fui obrigado a abrir uma ação contra essa pessoa. Ela agiu com homofobia e me ameaçava de morte. Fui à delegacia, e meu advogado está processando.
Gostaram da aulinha de "jornalismo", estilo Zero Hora?
Me perdoe a ignorância. Tenho acompanhado seu blog e vi os documentos publicados, mas não sei se entendi bem.
ResponderExcluirQuer dizer que esse dinheiro todo da saúde de Porto Alegre, mais de um milhão de reais, foi dado pelo secretário da saúde para um funcionário da RBS? E a empresa está defendendo esse cara, enquanto o ministério público investiga o abuso?
Mas por que a RBS faria isso? Ficaram com parte da grana? Se o cara fez falcatrua, como é que continua trabalhando lá?
Você poderia explicar o que está por trás disso?
Prezado Jornalista
ResponderExcluirAcho que houve um equívoco no nome do livro que o sr. menciona. Pelo que sei é "Os Zumbis da Pedra", de autoria do Manoel Soares, e não "Zumbi do Crack".
Cordialmente
Carlos Alberto A. da Silva
Porto Alegre
E da tua série Fazendo Escola (pelo Brasil afora):
ResponderExcluirhttp://noticias.band.uol.com.br/transito-sp/noticia/100000628745/ca%C3%83%C2%A7a-%C3%83%C2%A9-levado-a-guarulhos-na-madrugada.html
Qual o motivo?