Na segunda, dia 10, o Juremir Machado da Silva escreveu um contundente texto no Correio do Povo em defesa dos protestos contra o aumento das passagens. Engraçado, ultimamente o Juremir tem tomado posições muito estranhas. Cheguei a pensar que ele está passando por um momento difícil, como se estivesse fora da casinha.
Olhem o primeiro parágrafo:
Criticavam os jovens por só quererem jogar videogames e namorar nos shopping centers. Os mais velhos e politizados recorriam a uma palavra pré-histórica para chicotear essa juventude conformista: alienação. Os jovens estão nas ruas. Enfrentaram o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre, Goiânia e São Paulo. Foram combatidos violentamente pelas forças progressistas da ordem. Receberam duras e contraditórias críticas: desordeiros, manipulados por partidos políticos, militantes radicalizados e irresponsáveis.
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Este trecho é uma joia:
Não deixa de ser divertido ver a Polícia de São Paulo, em defesa do prefeito mauricinho Fernando Haddad, poste de Lula, baixar o pau para tirar das ruas uma juventude incômoda e excessivamente politizada.
Aí eu quase concluo que ele está fora da casinha. Ou alguém escreveu em seu nome. Ou psicografou:
Só a insensatez dos jovens salva. O excesso de sensatez é o mal de Alzheimer dos políticos e dos empresários preocupados exclusivamente com a saúde dos negócios. Os jovens de hoje são tão maravilhosamente insensatos que praticam a infidelidade partidária. Colocam as suas causas e convicções acima dos partidos. A fila anda. A irresponsabilidade dessa juventude é tamanha que eles exigem saber quanto lucram as empresas de ônibus que lhes prestam os maus serviços de todo dia.
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O encerramento é maravilhoso:
Definitivamente, essa galera das redes sociais é muito perigosa. Quer botar mais azul no céu dos negócios. Por falta de experiência, acha que se pode mudar a vida. Por insensatez, entendo que o interesse público é maior.
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Meu Deus, qualquer pessoa em são consciência não aceita essas depredações. É radicalmente contra. As pessoas normais são contra as badernas do MST, dos índios, seja lá quem for.
Já participei de muitos protestos, especialmente no tempo dos milicos. Jamais vi pessoas protestando com o rosto tapado, ao estilo bandido nos filmes de faroeste. Tenho uma certeza: quem tapa a cara é bandido.E ponto.
Então, tem que baixar o cacete em quem depreda o patrimônio público e privado.
Bandido é bandido.
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Ontem assisti o Arnaldo Jabor no Jornal da Globo. Raramente gosto do que fala. Mas ele fez uma análise perfeita dos tais protestos.
Em resumo: "A causa deles é a falta de causa".
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Outra coisinha:
Tá bom, Prévidi!
ResponderExcluirEntão, que voltem os milicos e coloquem tudo dentro "da ordem e dos bons costumes", não é mesmo?
Como o meio jornalístico gaúcho tem reaças como tu, criatura. Tenta ir um pouco além dessa lógica TFP, meu caro.
Abraço,
Jorge Schneider
Mas Prévidi, esse Juremir é de uma "malemolência" moral impressionante. E quando desabar o que falta da Record aqui no RS, ele certamente irá ter mais dificuldade em arrumar um espaço que lhe dê a visibilidade imerecida que tem. E olha que sou um democrata que defendo o direito das pessoas de dizer besteira. Juremir, no entanto, não diz besteira apenas. Tem um "que" de stalinismo moreno em cada linha, em cada frase, que por falta total de sutileza passa como simples bobagem, nas não inteiramente o é. Eu sempre recomendo cautela quanto ao que escreve ou diz o Juremir. Ele é tão democrata quanto Pol Pot, tão socialista quanto Mao e tão imparcial quanto Paulo Santana.
ResponderExcluirO seu Juremir, pródigo escritor de livros de 1,99, deveria explicar uma incoerência que habita sua alma: como acende ao mesmo tempo velas para os bi$po$ da Univer$al e para os padre$ católico$ da PUC?
ResponderExcluirMais ainda do que isto, Dr. João Luiz: Televisão, assim como transporte coletivo, é CONCESSÃO. Ele quer saber quanto ganham os empresários do setor de transportes e, mais do que isto, acha que eles deveriam contar a ele...Agora, será que ele tem a mesma coragem para perguntar a outro concessionário, o Edir Macedo, quanto ele ganha com sua Rede de Rádios e TVs??
ExcluirO problema é que aquele trabalhador informal, que não tem carteira assinada, não recebe vale transporte, paga do seu... Desprezar o tamanho deste contingente é uma visão simplista.
ResponderExcluirAgora, quem deveria fiscalizar não faz sua parte. Em um dia só, pra sair no jornal, bonitinho, não serve. Queria ver aqui no 195 - TV, nem que seja uma vez por semana, a fiscalização da EPTC barrando criança com cartão de idoso, passe especial na mão de quem não tem deficiência nenhuma, cobrador que passa passagem em dinheiro em cartão de idoso... Isso ninguém reclama, pois interessa a si próprio, o coletivo que se exploda.
Pq é estranho? Talvez pelo fato de não se aliar ao teu pensamento? Estranho é um partido como o PDT, filiado à Internacional Solialista, repito, Internacional Socialista, e ser um antro de reacionários. Um Partido que se diz de "esquerda" e sem nenhu pudor se aliar ao PDS, sucedâneo da ARENA, ainda durante a ditadura.
ResponderExcluirGenaro
Sugestão de leitura Previdi:
ResponderExcluirhttp://www.oesquema.com.br/trabalhosujo/2013/06/13/bom-saber-010-manuel-castells-e-o-ponto-em-comum-entre-a-praca-taksim-e-avenida-paulista.htm
Relativo, mesmo o preço de meia passagem terá impacto sobre o bolso dos pais, trabalhadores não ganham vale transporte e nem desconto pela compra dos vales sejam eles comprados de próprio bolso ou mesmo dados pelas empresas que também não ganham nenhum desconto ao fornecer aos funcionários. A quem interessa essa baderna? A qualquer um que se sentir roubado pelo aumento...
ResponderExcluirO certo mesmo seria ameaçar pôr fogo nas refinarias da Petrobrás para ver se esse bando de FDPs baixam o preço dos combustíveis, o atual vilão do aumento inflacionário, do país que não investiu em ferrovias...
Latinos...Afff...
A verdade é uma só: é política. O Juremir é de esquerda e defende as idéias que não deram certo. E não deram certo por uma razão única: Não existe almoço gratis. Comunismo é o estado bancando tudo, dono do capital e a força trabalhadora de empregada do estado. Todos nós sabemos que empregados do estado não trabalham, fingem. Aí está a chave do insucesso na prática do tal comunismo. Na extinta, graças a Deus, URSS, não tinha pão, tinham que ir pra fila as quatro da madruga. Porque não tinha pão? Porque os agricultores, todos estatais, não produziam o mínimo necessário. Alguém ouviu falar de fila do pão na Russia dos tempos atuais?
ResponderExcluirMas os juremires querem isso pra nós. Ora, vão pra Cuba, lá não aumenta a passagem de ônibus e o salário óóóóó, trinta reais por mes. Aqui entre nós, o regime é capitalista e vem sendo estatizado tudo, ficando uma situação mista. Neste caso, alguém paga a conta, porque insisto, não existe almoço grátis, e neste caso, quem paga somos nós, os contribuintes.
O resto é conversa fiada. Ideologisada.
O problema não são R$ 0,20 centavos, R$ 0,30 centavos, o problema é pagar mais por um serviço de péssima qualidade. O trabalhador vai gastar uns 8, 10 reais a mais por mês, mas e os empresários ganharão quanto a mais??? MILHÕES!!!!! e por um serviço que não condiz com o valor cobrado.... não dá para tolerar pagar mais por um serviço péssimo!!!
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