VÁ PARA A...
No final dos anos 60 morava em São Paulo. Foi lá que vi pela primeira vez, num outdoor, a frase:
Reinava o general Médici e sua tchurma mandava e desmandava. Em compensação, a guerrilha estava a mil.
Muitos carros tinham este adesivo, era um negócio massivo. Muitas empresas aderiram a campanha e muitos caminhões e camionetes estampavam o slogan.
Não conseguia entender aquele negócio de amar ou deixar. Quem sabe por ser adolescente ou burrão mesmo.
Tinha dificuldade de entender, porque não gostava dos milicos, não gostava de ver na TV aqueles caras dizendo que estavam arrependidos de ter participado da guerrilha e tinha pavor de passar na frente de um quartel - a impressão que tinha é que eles iriam atirar.
Claro que eu queria ficar no Brasil, mas sem aqueles milicos mandando!!
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Me lembrei desse "ame-o ou deixe-o" quando postei ontem o "Dont go to Brazil".
Não pensei duas vezes em publicar porque, em primeiro lugar, ainda não tinha visto; e recebi de um amigo, da máxima confiança - sua filha, que mora em Londres, havia recebido.
No Facebook, a Maria Lucia Sampaio escreveu:
Coloquei no Google a imagem da "campanha contra o Brasil" e, sem surpresa, vi que só tem uma imagem disponível na internet e num blog brasileiro. É mais uma forma de detonar o nosso País, achando que assim detonam o nosso Governo. Acho que, como jornalista, deverias checar o que te enviam, assim como faz a Luciana Torres, rsrsrsrsrs
E mais:
A única foto está neste blog, apoiado pelo Instituto Milenium. rsrsrsrrs http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/2013/06/brasil-campanha-difamatoria.html
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A amigona Maria Lucia, que é uma petista roxa, não se deu conta de um detalhe: aquela estrela vermelha, dentro do círculo azul. Aí, tá na cara que é coisa de brasileiro cafajeste!!
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Para completar, o Glauco Fonseca matou a pau:
Isto...Não vá para o Brasil. Vá para a Argentina dos assaltos, para a Bolívia do cocaleiro Evo, para a Venezuela do Caindo de Maduro, para o México do Narcotráfico. Ou então vá para um país muçulmano, sempre tranquilo e com amplas liberdades individuais e igualdade entre os sexos. Se você for gay, não vá para o Brasil. Vá para o Iraque ou o Irã, seu espertinho. Isso mesmo: ao invés de ir para o Brasil, vá para Portugal velha e decadente, para a Espanha na bancarrota ou para a França cada vez mais reacionária. Ou então, vá para Singapura, menos se você for fumante. Ou vá se Catar lá no Catar ou arrumar uma sarna na Turquia ou no Egito, onde uma bomba de chocolate pode MESMO ser uma bomba. Os mais tranquilos, ao invés de vir para o Brasil, que tal visitar a Jordânia ou a Faixa de Gaza? Dizem que se come muito bem em Cuba, menos, é claro, se você for Cubano. Em especial os americanos, é muito melhor visitar o World Trade Center do que ir ao Complexo do Alemão; Uma São Silvestre é muito mais violenta do que uma corrida em Boston. Quem sabe ir a Ohklahoma ver uns tornadinhos? É bem mais emocionante do que um passeio de aerobunda em Natal, certo?
Eu estou de saco LOTADO desta mania de desfazer o Brasil. Não admito que turistas o façam. Isto é papel da gente, os velhos caranguejos nativos. Aliás, tem horas que dá vontade de sugerir aos turistas que vão a um lugar que eles conhecem e está na hora de voltar: para a puta que lhos pariu.
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Agora, cá entre nós: esses caras que ficam pensando nessas merdas e se dão ao trabalho de produzir uma peça dessas deveriam deixar o Brasil, não?
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