Bom Dia! Segunda, 15 de agosto

- Acha alguém pra dar um pau.
- Legal, vou pra Assembleia!!

Não sei se já aconteceu este diálogo em alguma redação de jornal, rádio ou TV, entre chefete e repórter.
Felizmente, jamais assisti ou participei.
Mas, podem acreditar, deve ser corriqueiro.
A Assembleia é o lugar favorito para ser produzida uma "denúncia". Adoram dar pau em deputados e na instituição. Sabe por quê? É a mais aberta, a mais transparente. Basta fazer uma pressão, pequena, que alguém abre o que é e o que não é verdade. Um repórter, com alguma experiência, arranca uma boa mentira como verdade.
Passam para o público que tudo que tem lá é sacanagem. Que todos são milionários. Um paraíso. Como se fosse lá o único paraíso gaudério.
Uma bobagem histórica.
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O jornalista Julio Ribeiro tem uma coluna no http://www.leiaagora.com.br/portal/index.php. É do José Enedir Francisco, que  foi jornalista da Zero Hora, assessor de imprensa do PT e que agora tem um jornal e o site em Frederico Westphalen, onde mora.
Leiam dois tópicos da coluna:

 51, uma péssima ideia
O Tribunal de Contas do Estado está propondo à Assembleia a criação de mais 51 cargos, que fará com que o seu quadro de pessoal beire aos 900 funcionários. Será que, realmente, é preciso?
Ao dar uma passada de olhos no site de transparência do TCE a gente pode constatar que o Tribunal já gasta R$ 227 milhões por ano com a sua folha de pessoal, com salários de fazer inveja a qualquer funcionário de multinacional. Um simples auxiliar de serviços gerais recebe R$ 4.087,24, um bibliotecário outros R$ 10.326,52.
Aliás, vocês imaginam quanto é a média de gastos por cada servidor no TCE-RS? Pois saiba que o Tribunal de Contas do Estado gasta R$ 273 mil por funcionário/ano. E eu não estou falando de qualquer outro tipo de despesa, como telefone, luz ou materiais de expediente, estou me referindo a gastos com pessoal. Isso equivale a R$ 22.763,73 por funcionário ao mês.
Será que o TCE resistiria a uma auditoria do tipo a que eles fazem nos municípios, por exemplo?


Papagaio come milho, periquito leva a fama
Para que a gente tenha um comparativo, a Assembleia Legislativa, que leva todo o ônus do descontentamento popular, inclusive tem rap chamando os deputados de “Gangue da Matriz” gasta, proporcionalmente, bem menos.
O gasto total com pessoal da AL fica na casa dos R$ 334 milhões/ano. Como ela tem um total de 1.587 servidores (entre efetivos e CC’s), a média de gasto é R$ 210 mil por funcionário/ano, ou R$ 17.500,00 por funcionário/mês.
Ou “seje”, o TCE, que é um órgão da Assembleia, gasta quase 30% a mais que a própria. E outra, enquanto o salário de um auxiliar de serviços gerais do TCE é de R$ 4.087,24, o de um médico (ou de um jornalista) da Assembleia é de R$ 3.967,00.
Algo tá errado nisso!

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Compreenderam ou precisa desenhar?

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