Vinhos brasileiros na Irlanda
O país do uísque se rendeu ao vinho brasileiro.
A principal rede de varejo de luxo da Irlanda, a Superquinn, acaba de selecionar dois vinhos da Miolo e um da Casa Valduga, duas das 37 empresas integrantes do projeto Wines of Brasil, realizado em parceria entre o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
Os três rótulos escolhidos para inaugurar a seção Brasil no portfólio dos mais conceituados vinhos do mundo todo disponíveis na rede Superquinn, que tem status de butique de alimentos e bebidas, são os seguintes: Miolo Reserva Merlot, Miolo Reserva Pinot Grigio e o Casa Valduga Premium Cabernet Franc. Os rótulos verde-amarelos, que já chegaram em Dublin e começam a ser vendidos em setembro, foram selecionados pelo gerente de compras Richard Moriarty, um dos profissionais ingleses mais respeitados do mundo do vinho.
Ele disse que ficou admirado com a excelente qualidade dos vinhos brasileiros. “É um orgulho ter vinhos escolhidos por um local que prima pela qualidade dos rótulos oferecidos”, afirma a gerente de exportações do Miolo Wine Group, Morgana Miolo. “Este é um lugar frequentado por consumidores exigentes, formadores de opinião, que tem um efeito multiplicador para outros canais, como lojas e restaurantes”, observa a diretora comercial da Casa Valduga, Juciane Casagrande.
Aberta em 1960, a Superquinn possui uma rede com 23 lojas e mais de 3 mil funcionários na Irlanda. A adega de vinhos é organizada por Richard Moriarty destacando os principais países produtores de vinho do mundo, com total atendimento e suporte de informações aos clientes. A rede possui excelente reputação entre os consumidores de gosto exigente por vender vinhos de categoria diferenciada, a preços justos.
A gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, Andreia Gentilini Milan, comenta que a estratégia do projeto é posicionar os vinhos brasileiros nos melhores pontos de venda do mundo, como o Superquinn. “Só assim criaremos uma imagem positiva para os rótulos do Brasil, que beneficiará todas as vinícolas”, comenta Andreia, citando a maior aproximação com sommeliers e compradores que tem sido buscada em ações de degustação e nas principais feiras de vinho do mundo. Em 2010, o Reino Unido, onde está inserida a Irlanda, passou a ser o maior importador de vinhos do Brasil, em transações que movimentaram 385% a mais do que no ano anterior. Tomou, assim, o lugar até então ocupado pelos Estados Unidos, hoje o segundo maior comprador dos rótulos brasileiros. No terceiro posto, ficou a Holanda, e a Alemanha foi o quarto colocado.
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Degustação de seleção encerra nesta sexta
A degustação de seleção das 383 amostras inscritas por 72 vinícolas de sete estados brasileiros encerra nesta sexta-feira. O último grupo de 30 enólogos entra em ação hoje. A difícil tarefa de avaliar a Safra 2011 foi dividida entre 120 enólogos divididos em quatro grupo. Durante quatro dias cada grupo de 30 enólogos é responsável pela avaliação de 96 amostras. O resultado só será divulgado no dia 24 de setembro, no Parque de Eventos de Bento Gonçalves para um público de mais de 700 apreciadores de vinhos.
Durante 16 dias, estes enólogos trabalham duro para diagnosticar a Safra 2011, mas além disso, trocam informações e confraternizam. Ao promover a integração e o envolvimento dos profissionais em torno do vinho, a Associação Brasileira de Enologia (ABE) cumpre mais um de seus papéis, o de valorizar a profissão de enólogos, oportunizando a aproximação entre eles.
Ao encerrar esta fase, os resultados serão contabilizados a fim de identificar os 115 vinhos de maior pontuação (30% dos inscritos) e dentre estes selecionar os 16 vinhos mais representativos da safra 2011, conforme critérios do regulamento. Estes 16 vinhos serão apresentados a todos no dia 24 de setembro, mas antes disso um novo grupo de 30 enólogos, irá se reunir para degustar e confirmar a qualidade dos produtos que serão apresentados ao público no final de setembro. Tudo para garantir que os produtos destacados da safra 2011 realmente expressem a qualidade e potencial da produção brasileira de vinhos.
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