Bom dia! Terça, 30 de agosto de 2011

O RS tem que desistir dos grandes eventos?
Expointer, Feira do Livro, Acampamento Farroupilha, Carnaval, Porto Alegre em Cena

Expointer.
Comecei a pensar nisso, aí do título, quando o nosso governador Tarso Fernando disse ao pecuarista Ruy Gessinger, na TV Pampa: A Expointer não pode se transformar numa Disneylândia. E o Ruy postou  no seu blog:
Há anos venho batendo nisso: a Expointer estava se transformando num bazar de quinquilharias, de miçangas, espelhinhos, chocalhos e cantorias. Em detrimento de negócios, de compras, de vendas, de troca de experiências.
Claro que cultura é importante. Sem embargo, estavam focando em cantores de duvidoso talento (uma minoria).
E eu queria mais espaço para os negócios, para a gente fazer dinheiro a fim de pagar os empregados, o sal, os remédios, o trator quebrado.
Tarso viu agudamente isso.
Agora vai mudar.

É o óbvio, o que interessa se a Expointer recebe 500, 600 mil pessoas por edição? São visitas completamente desnecessárias. No máximo, o povo poderia participar no final de semana, dar um passeio por lá, comer um churros ou um xis. Dia de semana? Exclusivamente para quem quer fazer negócio. Claro, o pessoal da área teria que ter entrada e estacionamento grátis, e restaurantes dignos. Nada mais.
Expointer deve ser um espaço exclusivo para negócios. Repito: exceção apenas num final de semana, quando o povaréu teria acesso, pagando.
Caso contrário, como está, não faz sentido a Expointer. Chega de Disneylândia!! Aí são melhores as feiras regionais. Ou não, Ruy Gessinger?
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Feira do Livro.
Já estou cansado de bater no atual "modelito". Tem muito pouco de literatura. Tanto que, nos últimos anos, os mais vendidos são os tais livros de auto-ajuda. Hoje, a Feira do Livro de Porto Alegre é uma grande festa de inutilidades. Eventos e mais eventos bobos, sem o menor sentido.
Tenho muita saudade dos tempos em que conheci Rubem Fonseca, Lygia Fagundes Telles e até mesmo Paulo Coelho, o escritor brasileiro mais traduzido e vendido no mundo. Também lembro dos tempos em que o "Anedotário da Rua da Praia", do Renato Maciel de Sá Júnior, foi o mais vendido em uma edição da Feira. Ah, Mario Quintana passeava todos os dias entre as bancas da Praça da Alfândega!!
Faz muitos anos que não vou lá. E não sinto a menor falta. Poderia até terminar, que Porto Alegre não perderia nada.
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Acampamento Farroupilha.
Um evento que nada tem a ver com Porto Alegre. Desnecessário, completamente. Bom apenas para alguns que devem ganhar um bom dinheiro.
A última vez que dei uma passada por lá, há uns 5 anos, a primeira barraca que vi foi uma que vendia essas comidas baianas. Sério!
Vamos ter, daqui a uns dias, mais uma edição. E não conseguiram aprovar as contas do ano passado.
Quer dizer, não resiste a uma mera sindicância.
Porto Alegre sai ganhando se uma outra cidade resolve promover o "evento".
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Carnaval.
É mais um bom evento para a RBS ganhar uma grana extra.
Lembro dos tempos em que os desfiles eram na avenida João Pessoa. E tinha o Carnaval da Santana. E a gente assistia tudo da calçada, sem frescuras.
Neste século quiseram fazer um "negócio profissional" e isolaram o sambódromo no Porto Seco, na zona Norte. Aí só vai lá quem desfila ou é muito corajoso. Como sempre, deve ter gente que ganha muito dinheiro - além da RBS.
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Porto Alegre em Cena.
E o Porto Verão Alegre.
Dois eventos que ainda não estão contaminados pelo "espírito de negócio".
Continuam dando certo. Poderiam ser exemplos para os demais. Mas a soberba dos "organizadores" dos outros eventos não permite.
Olha isso, apenas: confira no Google quem é a figura responsável pela Feira do Livro de Porto Alegre, o grande poderoso. Aí ficará sabendo porque esse e outros eventos estão fadados, ano após ano, a minguar, mesmo que aparetem crescimento.

4 comentários:

  1. esse acampamento farroupilha é o ó do borogodó..é uma punhetagem gaudéria que já encheu o saco de quem mora aqui no menino deus..ademais essa gente do interior que acha que ganhou a revolução ehehe..deveria fazer o tal do evento em alguma cidade farrapa e não em porto alegre..nunca vi ninguém arreglar numa guerra forçar um baixar de armas e depois sair comemorando só aqui nessa província mesmo..o carnaval no porto seco sim, daí discordo do blogueiro esse sobreviveria tranquilamente sem a rbs pois tem raiz popular e porto alegre adora seu carnaval

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  2. Carnaval já não é mais o mesmo. Outrora era curtido nos salões dos clubes. O chamado carnaval de rua nada mais é do que uma ópera chinelona com muitas mulheres exibindo despudoradamente seus corpos, muitos dos quais são verdadeiros canhões. A batida é sempre a mesma
    Um tal deputado, mais metido do que “fazendeiro” que depois que veste a fantasia, coloca uma faca atravessada na bunda e sorve um liso de canha introduziu ano passado no governo da tYa, a paulistana, o carro ALEGÓRICO. Depois dessa invenção do tal deputado virou carnaval mesmo. Temos assim dois carnavais. Fica para depois outro carnaval que temos aqui no estado.

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  3. Alvaro, por favor, não custa colocar o nome completo. assim fica parecendo coisa de "anônimo".

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  4. Milton Ferretti Jung30 de agosto de 2011 às 19:42

    De todos os eventos citados,sem dúvida,o pior é,longe dos demais,o Acampamento Farroupilha. Começa pela sua duração:um mês! Não sei qual a razão para que,porto-alegrenses natos ou adotados,tenhamos de suportar um evento deste tipo. Seria mais interessante que cada um festejasse o 20 de Setembro" em sua cidade natal, e nos deixasse em paz.

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