Galos, além das caturritas e joãos-de-barro
Na semana passada dediquei alguns destes espaços ao mundo animal de Porto Alegre.
Até esqueci o inferno que fica a minha rua na primavera, quando os sabiás assobiam, dia, noite e madrugada.
Lembram? Uma senhora estava preocupadíssima com um ninho de caturritas numa torre de telefone, em Terezópolis. Um outro leitor mandou até a foto de uma casa de joão-de-barro que foi destruída por funcionários da CEEE.
Aí a minha amiga Laís Legg mandou um texto sobre o galo Jorge.
Ela mora na rua Fernando Machado e em frente ao seu edifício tem uma pracinha. E lá, livre e solto, vive o Jorge.
Olha aí o texto:
Jorge e Frederico
Ainda no tema animais, digo que moro em frente a uma praça, no bairro Centro Histórico.
Para felicidade nossa, há um galo, chamado Jorge, que canta e nos encanta todas as manhãs. O pessoal do DMAE, que alimenta Jorge com milho doado por moradores, me contou que batuqueiros iriam assassiná-lo numa oferenda (tem gente que acredita nisso e vive na Idade Média, com o beneplácito de alguns políticos que dizem que “é cultura africana” – arghhh!), mas Jorge, esperto que é, saiu correndo e embrenhou-se nos jardins do Palácio Piratini e escapou de sua sina.
De vez em quando, Jorge passeia pela calçada, peito estufado, ostentando sua bela plumagem colorida. Aí, surgiu outro galo, vindo não sei de onde, que responde às cantorias de Jorge. Acreditas que uma “senhora” (?), moradora de um prédio das redondezas, irritou-se com o cantar do galo e chamou uma patrulha ambiental ou seja o que for e mandou recolher os galos?
Só pegaram o Frederico, o galo mais jovem. Jorge, pela segunda vez, conseguiu escapar.
Concluindo: escutamos freadas de carro, barulhos de escapamento, sirenes, gritos de assaltantes e drogados, etc e nada disso incomoda a tal "senhora". Mas já os sons da natureza, esses são insuportáveis a ela.
Pena que não exista uma patrulha anti-malas, para que possamos mandar recolhê-los.
Pedro Czarnina diz:
ResponderExcluirVamos proteger o Jorge!