Bom Dia! Segunda, 1º de agosto

 O diploma de Jornalista
Moacir Japiassu criou a coluna "Perdão, Leitores", na revista Imprensa; hoje, escreve no Comunique-se o Jornal da Imprença. O cara vive disso, da bobagem alheia.
Há alguns anos brinco com as bobagens que são publicadas em jornais e sites e outras tantas que são ditas nas TVs e rádios. Não que passe o meu dia procurando idiotices, mas recebo muitos e-mails de dezenas de colaboradores, todos os dias, com absurdos. Não só daqui do RS, mas de todo o Brasil. Vocês não imaginam o que sai de asneiras. A impressão que se tem é que não existe mais a figura do editor, principalmente nos chamados "portais de informação". É um horror!!
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Uma das mais sensacionais publiquei neste final de semana:
Um policial civil aposentado foi encontrado morto por volta das 21h30min desta sexta-feira na Avenida Brasiliano Índio de Moraes, próximo ao viaduto Obirici, Zona Norte da Capital. Segundo a polícia, Vicente Paz da Silva estava à paisana, e foi morto com um tiro no rosto.
Maravilhoso, não?
Pois bem, aí recebo do comunicador Gilberto Simões Pires um rápido comentário:
O que mais estranho, Prévidi, é que com tanta besteira dita e escrita por vários jornalistas, eles ainda fazem questão de exigir o diploma para a atividade. Pode?
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Nem precisaria dizer que tenho muito orgulho do meu diploma de jornalista.
Passei quatro anos na faculdade. Foi um período muito importante.
Mas essas palavras do Gilberto me deixaram com a pulga atrás da orelha.
Putz, o que essa gente que fala e escreve tanta bobagem está fazendo com a profissão de jornalista.
Olha, não conheço, pelo menos aqui no RS, um veículo que contrate pessoas que não sejam jornalistas profissionais ou estagiários, que estejam fazendo faculdade. Quer dizer, esse monte de asneiras são ditas e escritas por profissionais ou futuros profissionais.
Nenhum fez um curso que oferecem aí que é mais ou menos assim: "Seja um jornalista por apenas 40 reais".
Nada disso!!
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Ai, meu Deus, será que precisa, mesmo, esse diploma de Jornalista?
Me respondam!!

Um comentário:

  1. Concordo com o Gilberto. Eu sempre afirmei(apesar de respeitar e ser solidário com aquele que busca se aprimorar)que jornalista com talento nasce feito; é como músico, cantor, jogador de futebol: ninguém aprende a ser o que não tem vocação para ser. Escrever, amigos, é arte!
    Criar um texto não é apenas aprender que que "antes de P e B só M posso escrever". Parir um texto é transcedental. Percebi, nas velhas redações esfumaçadas e cheias de laudas pelo chão, que quando alguém de talento escreve, não há barulho á sua volta que o faça distrair-se; percebi que o talentoso parece estar sendo apenas um instrumento que psicografa o texto ditado por alguém além da vida. Sei lá, não sou muito místico, mas acho que é por aí.
    Por isso, em relação ao de diploma para ser jornalista, devemos repensar esta exigência e passarmos a exigir, antes de mais nada, talento.

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