OS PIORES MOTORISTAS DO MUNDO!!
Eu não tenho dúvidas.
Esta raça está em Porto Alegre.
Concentraram-se todos na "capital dos gaúchos".
Todos.
Mudam-se para cá. Combinam entre eles, como numa maçonaria.
Vocês, paulistas, cariocas e os que vivem em outras grandes cidades devem se orgulhar de viver num lugar onde o trânsito é caótica mas ao mesmo tempo flui. Por incrível que possa parecer, aqui em Porto Alegre o trânsito não é caótico e não flui!! Já imaginou que maravilha, que paraíso??!!
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Vou dar um exemplo e contar como é o "espírito" do motorista que é padrão nas ruas de Porto Alegre.
Quando o sinal está verde, ele reduz a velocidade para ver se fecha. Não importa a fila de carros atrás. Ele vai diminuindo até que aparece o amarelo e ele dá uma freiada repentina. Que se dane quem está no rabo dele (ui!!).
Bom,. aí o motorista de Porto Alegre coloca o câmbio em ponto morto. E fica ali, cantarolando, olhando pro lado, distraído. Aí o sinal abre e o sujeito não se dá conta. Alguém buzina, ele olha pelo retrovisor e faz um sinal com a mão.
Pois bem, coloca o pé na embreagem, confere que está mesmo em ponto morto, dando aquela chocoalhada no câmbio e coloca em primeira. Vai arrancando bem devagar, sem antes olhar para os dois lados, e os caras atrás ficam desesperados, e as buzinas comem soltas. O sinal, claro, está quase amarelo de novo.
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Uma grande parte dos motoristas de Porto Alegre não passa de 30 quilômetros por hora. Quando estão com pressa chegam a 40 - e a mulher ao lado fica desesperada: "Paizinho, tu tá correndo muito!!". Vão nessa velocidade, em qualquer avenida, com o cotovelo na porta, pra refrescar o sovaco. De preferência sempre andam pela pista da esquerda. Como que só eles estivessem na rua.
Na free-way a velocidade na pista da esquerda é de 100 quilômetros por hora. Mas o motorista porto-alegrense, ousado, vai a 60 - claro, pela pista da esquerda.
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O caso da avenida Ipiranga é emblemático.
Poderia fluir muito bem. Não sei se dou azar, mas sempre, na minha frente, tem três carros, um em cada pista, a 40 por hora (olha a foto lá de cima). Um horror! Por isso só trafego pela Ipiranga por necessidade; prefiro a Bento Gonçalves, mesmo sendo mais estreita.
Outra coisa: o motorista da "capital dos gaúchos" A-D-O-R-A conferir uma obra. O carro chega a apagar o motor,de tão devagar, para o imbecil ver a "profundidade do buraco". E depois comenta com a mulher: "Que baita obra!!".
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E acidente?
Tem uns que chegam a parar, para ver se tem conhecido. E quando o infeliz está esticado no chão, tapado com um pano? Bom aí, ele só não pára como vai fazer uma prece pela alma do desgraçado.
Na free-way eles conseguem promover engarrafamentos de quilômetros em função de uma batidinha de dois carros. E a mulher ao lado, chupando chimarrão: "Viu, Valmir, não pode correr!! Cruzcredo!!".
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Olha, se eu tivesse que andar sempre dirigindo - toc, toc, toc - teria um Dia de Fúria a cada 24 horas. Contadinhos.
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Lógico que não chego nem aos pés dele, mas sempre quando faço um "texto de observação" como esse me inspiro no jornalista/professor Luiz Alberto Scotto, que viveu muitos anos em Porto Alegre, mas hoje está exilado em Florianópolis, onde todo ano tem que conviver com as fiasqueiras dos porto-alegrenses que invadem a ilha no verão. Ah, não posso esquecer de contar que o Scotto, nascido em Garruchos, viveu um bom tempo em Nova York.
Prévidi, ainda bem mesmo que não estás com o pé no acelerador e o olho na sinaleira todos os dias, porque "cruzcredo" seria o maior "gauchissídio do mundo", ahahaha!! Beijão querido!!
ResponderExcluirÓ, Cabeça, para de te inspirar em mim porque o teu texto vai cair de qualidade. Dia desses, você escreveu sobre um amigo da Cidade Baixa que estava morrendo. Um texto lindo, delicado e altaneiro. Aquilo é que é texto. O resto é elogio que você dá aos amigos pelo coração grande que tem. Desde o Desterro, ou de “um pedacinho de terra perdido..”, te mando um beijo. Scotto.
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