127 Horas
É complicado segurar um filme inteiro praticamente com apenas um ator em cena. Mais ainda se esse ator passa 90% do tempo preso pelo braço, entre a parede e uma pedra, dentro de um buraco, mais precisamente em um desfiladeiro, no parque nacional de Canyonlands, no estado de Utah/EUA. Mas, James Franco e o diretor Danny Boyle seguram bem a onda nesse "127 horas", baseado na história real do alpinista Aron Ralston. O filme chegou a ser indicado para seis Oscars em 2011, incluindo melhor filme e melhor ator.
Logo depois de alguma diversão e flerte com duas garotas, Ralston escorrega e vai parar dentro do buraco, situação que seria facilmente resolvida não fosse o fato de um imenso pedregulho ter caído junto com ele, esmagando seu braço contra a parede. Como saíra no dia anterior sem avisar para ninguém seu destino, não há esperanças de resgate para ele.
Ao longo de cinco dias, o aventureiro vai ter que sobreviver com poucos meios, incluindo uma garrafa de água, alguns equipamentos de escalada, uma lanterna, uma câmera e um canivete quase sem fio. No final dessas 127 horas, ele vai perceber que apenas uma atitude drástica será capaz de trazer uma esperança de sobrevivência. São cenas gráficas, fortes mesmo, daquelas de fazer o espectador virar a cara ou colocar a mão na frente dos olhos. E o pior é que nem dá pra amenizar a situação, com o tradicional pensamento: "ah, mas é só um filme", pois tudo aconteceu mesmo, de fato. Recomenda-se um lenço para quem tiver coragem de encarar o filme. Não para enxugar lágrimas, mas para secar o suor.
127 Hours (127 Horas) . EUA, 2010, 93 minutos. Direção de Danny Boyle. Com James Franco.
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