Bom Dia! Quinta, 24 novembro 2011

UM MISTÉRIO CHAMADO EVA SOPHER - 4

Ela adora "celebridades" do Rio/São Paulo
Olha, nesta semana, felizmente, concluí que dona Eva Sopher não está acima do bem ou do mal.
Vários leitores se manifestaram, nos Comentários, por e-mail, telefonemas, FB e Twitter. Muitas manifestações, mesmo. Só os chamados "agitadores culturais" ficaram quietinhos, mesmo que tenha tomado conhecimento de que os músicos, de um modo geral, detestam os "métodos de ocupação" do Theatro São Pedro. Mas não criticam o "monstro sagrado".
Me relembraram, também, um episódio ocorrido durante o período do regime militar e dos governadores nomeados envolvendo a dona Eva. Um negócio muito nebuloso, no governo Amaral de Souza. Residência oficial de Gramado, por aí.
Não vou tratar disso, porque aí o meu rol de inimigos vai aumentar muito.
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Soube até que pessoas muito influentes, de Tribunais, querem tomar conhecimento das contas do Multipalco; alguns chegam a afirmar que as contas do Multipalco não resistem a uma sindicância.
(Não viu as postagens anteriores? É só conferir no "Arquivo do Blog", aí do lado direito)
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De todos os textos que recebi,. destaco estes abaixo.
Do Augusto Sérgio Leitão, ex-funcionário da Assembleia e hoje vivendo na Grande Oeisis. Edita o mariscoventania.blogspot.com/:
O texto de ontem,  pela autoria não causa surpresa, mas é de uma realidade irretocável! A fortaleza construida em torno dessa Senhora, composta, principalmente, por uma chamada elite cultural gaúcha, que só tem feito, ao longo de décadas, admirar seus próprios umbigos, encastelou conceitos e retirou o verdadeiro sentido das manifestações culturais.
Assim, esses malditos feudos, outro é o da Casa de Cultura Mário Quintana, vão manipulando a história da cidade e do estado, em grotesca maquiagem "macunaímica" (será um neologismo? não houve intenção!), onde o caráter é acessório ao perfume dos salões dessa aristocracia falida.
E os CTGs vão tomando conta, com forte de cheiro de bosta que não sabemos se vem do potreiro ou das ante-salas dos teatros. Aliás, a tradição teatral ensina o chamamento antes de entrar em cena, para dar sorte, exlcamam "merda", os atores...
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Gilmar Eitelwein, no FB:
Tá na hora de D.Eva se aposentar. E, inspecionar órgãos e gastos públicos, é papel do TCE. Aliás, muito dinheiro público já foi investido no Multipalco para pouca obra. Sem contar a privatização de espaços, marketing privado, promoção financiada com recursos de isenção fiscal (ou seja, dinheiro nosso).
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ARTIGO
Porque é tão complicado, para alguns, passar o bastão? 
Glauco Fonseca
Depois de ver um documentário que o Discovery Channel fez sobre a trajetória de Fidel Castro, fica difícil entender como é que as pessoas ainda cultuam a revolução cubana e seus protagonistas. Após seis meses de lua-de-mel em Nova Iorque – sim, meio ano – e um flamante Cadillac comprado à vista para os passeios do casal Castro, Fidel dá uma entrevista ao canal ABC de pijamas, dizendo que Cuba precisava se livrar de Fulgêncio Baptista. Este documento dá a pista de que alguma coisa bem maior do que Castro estava por trás do desembarque do Granma. Logo após a tomada de La Habana, as câmeras mostram Fidel afirmando que logo seriam convocadas eleições gerais para a escolha do presidente e do parlamento cubano. Eu nem me alongo, pois todos sabem que fim levou a promessa de Fidel de largar o osso assim que Baptista fosse derrubado e exilado.
O tempo avança e a destilada “primavera árabe” é tão real quanto Fidel, Zelaya e Bashar Al Assad são democratas. Um golpe militar foi o que aconteceu e acontece no Egito. Houve promessa de democracia? Claro que sim. Os militares egípcios pretendem dar espaço à transição para um governo mais moderno, ao estilo turco? Demonstram que não. República? Transitoriedade de governos para bem da perenidade do estado? Nas vizinhanças muçulmanas, isto ainda é tão provável quanto a monogamia.
Por que as pessoas se apegam tanto assim ao que, supostamente, deveria ser objeto de cuidado transitório? Na área pública, que tipo de espírito baixa e sussurra nos ouvidos de uns poucos, dizendo que a melhor coisa que pode acontecer ao mundo é que elas fiquem exatamente onde estão até a morte, para que sejam aclamadas, eternizadas, transformadas em estátuas? Em que momento algumas pessoas, vendo que as experiências bem sucedidas têm em comum a efemeridade, o tempo definido, o intervalo pré-determinado, imaginam o oposto, que o melhor que pode acontecer é o que delas emana, o ar que exala de seus belas figuras e seus olhares messiânicos?
Toda forma de usurpação é tirania. Aumentar um tempo de mandato, alterando um arcabouço constitucional apenas para postergar o próprio poder é tirania. Aproveitar-se de um cargo para nele manter-se, sem dúvida alguma, é tirania, é mau ensinamento. E por que algumas pessoas inteligentes, experientes, intelectual e culturalmente esclarecidas insistem em não dar ao mundo a chance de sucedê-las?
Agarrar-se ao poder, alimentando-se dele e nele se fortalecendo, exaurindo sua transitoriedade, é a forma mais sórdida de mentir para si mesmo e para os outros. Não passar o bastão, não largar o osso é a maior de todas as desonestidades. Eis o triste motivo pelo qual temos muito mais Imeldas do que Indiras, muito mais Chávez do que Juscelinos e muito mais Kadhafis do que Churchills.

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