Coluna do Marsiglia - 18 de novembro

Renato Marsiglia

 GRÊMIO X FLUMINENSE
Quem não viu, perdeu umas das partidas mais eletrizantes do Brasileirão.  É claro que neste contexto de nove gols, a mediocridade dos sistemas defensivos aflora, tornando suas falhas muito mais decisivas que os eventuais créditos que se possa dar aos atacantes. Mas isto pouco importa numa época em que as retrancas e os zero-a-zero proliferam. Cardíacos à parte, para quem gosta de emoção, foi um prato cheio.

NEM NA VÁRZEA
Lamentável a atitude dos jogadores do Grêmio, ameaçando sair de campo após o quinto gol do Fluminense. Nem na várzea um time se retira do campo em protesto contra a arbitragem. Atitude típica de elementos sem nenhum comprometimento com a grandeza da instituição que paga seus salários. Por outro lado, para achar que Adilson não fez pênalti e que houve falta sobre Brandão no quinto gol do time carioca, o sujeito tem que ser uma "ameba futebolística" ou então estar disposto a debochar da inteligência do torcedor.

INTER AINDA SONHA COM G-5
Quando tudo parece perdido, eis que os adversários perdem jogos para times inexpressivos e colocam o Colorado novamente na parada. O único que não se ajuda nas horas decisivas é o próprio Inter. Só que a partir de agora terá que se virar sozinho. Os próximos jogos serão contra Botafogo e Flamengo, ambos fora de casa e adversários diretos na luta pelo G-5. Na última rodada ainda pega o Grêmio, que não tem mais nada a fazer no campeonato a não ser azucrinar a vida do principal adversário.

POR FALAR NISSO...
No jogo Inter x Bahia, que não havia a tensão da partida do Rio de Janeiro, o árbitro Paulo César de Oliveira enfiou os pés pelas mãos. Ignorou solenemente nada mais nada menos que três penalidades máximas claríssimas. Duas para o Internacional e uma para o Bahia, quando Bolívar quase partiu a perna de um adversário e Paulo César marcou “jogo perigoso”. Para ser pênalti então, tem que enterrar o cara vivo dentro do gramado. Um árbitro do nível e da experiência dele não pode se dar ao luxo de errar desta maneira.

KLEBER: A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Reproduzo o brilhante comentário de Juca Kfouri: "Como é que ainda tem quem queira contratar o “Gladiador”? Que em vez de valente é temerário. Que faz demagogia para ganhar o torcedor incauto e acaba sempre expulso de campo nos momentos decisivos. Que confunde coragem com imprudência. E que não cumpre um contrato até o fim. Por que os cartolas gastam tanto com gente assim? Respondo eu: no caso específico, exite uma eleição no final de 2012, e o tesoureiro que se vire.