Bom Dia! Quinta, 10 novembro 2011

ESCÂNDALOS E
A JUSTIFICATIVA PARA UMA SACANAGEM

Acredito que o Gilberto Simões Pires esteja convencendo seus leitores de que uma entidade privada, mas sustentada pelos torcedores de futebol, pode fazer o que bem entender com o dinheiro que arrecada. Mais ou menos como uma ONG - a Federação Gaúcha de Futebol não tem que dar explicações para ninguém, faz o que bem entende.
Leiam o que o meu amigão Gilberto escreveu ontem em sua coluna no www.pontocritico.com:
Dizer que o gaúcho pensa pequeno é mera redundância. A história, aliás, conta de forma detalhada e irrefutável o quanto os gaúchos destilam sentimentos da mais pura inveja a todos aqueles que têm uma boa idéia e/ou são bem sucedidos.
Como o povo do RS age de acordo com a cor de seu time de futebol, tudo aquilo que acontece no Estado é GRENALIZADO. Este triste comportamento explica a dificuldade para que as coisas avancem no Estado. Ou seja, quando alguém se coloca a favor de qualquer coisa, o seu vizinho, imediatamente, se posiciona contra.
A origem desta mania lamentável, que já faz parte dos costumes do povo gaúcho, está no espírito separatista que acompanha o povo do RS desde a Guerra dos Farrapos. Este espírito revanchista mostra o quanto o RS vem perdendo posição, ao longo do tempo, na comparação com outros Estados.
Esta deficiência comportamental faz dos gaúchos em geral incapazes de lutar por LIBERDADE COMO UM MEIO. Ao se interessar pela LIBERDADE COMO UM FIM, entendem que a figura do INTERVENTOR é imprescindível. Alguém, enfim, que cuide de todos para que ninguém saia prejudicado. Com isso acabam impedindo o exercício da liberdade individual, o que é catastrófico.
Vejam, por exemplo, a forma pobre e miserável com que certos setores da mídia esportiva do RS enxergaram a decisão da Federação Gaúcha de Futebol e dos clubes associados de se reunir, nesta semana, em Santiago do Chile para tratar do Gauchão 2012.
Pois, sem surpreender, porque esta postura já faz parte do DNA dos gaúchos, vários jornalistas trataram do assunto como se a viagem fosse algo escandaloso. Ou seja, para estes comunicadores a FGF é considerada uma entidade pública, estatal. E, como tal, além de não ter liberdade também gastaria o seu dinheiro (público) para viagens ao exterior. Pode?
Ora, tanto os clubes de futebol quanto a FGF são entidades privadas. Como tais são sustentadas por cotas adquiridas por patrocinadores, cotas de televisionamento, compra de ingressos por parte de torcedores e mensalidades de associados. A FGF, por óbvio, recebe parte da verba arrecadada. Tudo privado.
Portanto, a escolha de um local para sediar uma reunião, dentro ou fora do país, é um ato de liberdade de quem detém recursos próprios. Aliás, não são poucas as empresas que fazem o mesmo há muito tempo, com muito sucesso. Até porque esta é uma boa forma de abrir mentes e propiciar a atração de novos investimentos.
Pois, mesmo assim, há na mídia, assim como na sociedade em geral, quem deplore a decisão da FGF. A ponto de entender que ir ao Chile é antiético e escandaloso. Pode?

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Pode, Gilberto, pode sim!!
Não vou tratar das distorções históricas do Gilbertão, porque não estão no jogo.
Antes, quero ressaltar apenas um detalhe:
O Gilberto Simões Pires é o ÚNICO, com espaços na mídia, a defender o "Escândalo de Santiago"!!
Para quem ainda não sabe, no último final de semana, a Federação Gaúcha de Futebol, bancou uma boca livre para 55 pessoas, em Santiago do Chile, com a desculpa da realização de um "congresso técnico" sobre o Gauchão 2012.
Para mais detalhes sobre o "congresso", sugiro que leia o post Quarta, 9 novembro 2011 - parte 3, que reproduz a coluna do Leonardo Meneghetti no Metro de ontem. Ele conta detalhes da esfalfante viagem.
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Gilberto e leitores, o deboche dos cartolas do futebol gaudério é tanto que prometem fazer o próximo encontro no Caribe!!
Se fossem sérios, ao invés de bancarem viagens para Uruguai, Argentina, Europa e Chile, investiam essa boa grana nos estádios, por exemplo, verdadeiras masmorras para o torcedor. Se tivessem um pouco de responsabilidade investiam na estrutura dos falidos clubes, ajudariam na recuperação dos clubes.
Ou não, Gilberto? Pode?
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Nego-me a acreditar que o Gilbertão ache que uma entidade privada possa fazer o que bem entender com o dinheiro que arrecada, mesmo com o beneplácito da cartolagem em geral.
Só um detalhe: se fosse realmente um congresso técnico sério, os presidentes do Inter e Grêmio teriam ido, não?
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Lá pelas tantas, o meu amigo Simões Pires escreve:
"... Até porque esta é uma boa forma de abrir mentes e propiciar a atração de novos investimentos". 
Claro que é uma boa estrategia.
No caso em questão, serviu para acertarem uma grande bobagem.
O FAMOSO GRE-NAL EM BOSTON!!
Duas coisinhas:
- Em fevereiro, as temperaturas em Boston ficam abaixo de zero;
- No dia sugerido para o Gre-Nal, 5 de fevereiro, informa o leitor Diego Bento, "se realiza a final do Superbowl nos USA. É como se fosse uma final de Copa do Mundo. Nem os brasileiros que estiverem lá irão se interessar por esse Gre-Nal".
Pode?
Baita ideia, né Gilberto?
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Por isso, cresce a cada dia, a nossa campanha pela realização do

GRE-NAL EM ISLAMABAD

Isso, na capital do Paquistão.
Um Gre-Nal apenas com cartolas gaudérios.
Um jogo de solidariedade, para abrir corações e mentes, como sugere em outras palavras o Gilberto Simões Pires.
Aliás, o Gilberto é ex-árbitro de futebol.
Poderia ser o mediador da peleja, não?
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Hahahahahaha!!!!!

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