Bom Dia! Segunda, 28 novembro 2011

UM MISTÉRIO CHAMADO EVA SOPHER - 5

Para encerrar.
Durante toda a semana passada, a "monstro sagrado" da cultura gaudéria, Eva Sopher, levou um merecido pau geral. Na sexta, recebi dois e-mails que, de certa forma, defendem a "unanimidade cultural".
Esntre outros, muitos. Mas destaco, ao final, um, também pela importância do jornalista.

Leila Weber:
No teu texto de hoje disseste estranhar que os defensores da dona Eva Sopher não tenham aparecido. Então, tá, me candidato ao posto de soldadinho de passo certo nesse batalhão de críticos.
Não sou exatamente uma fã da velha senhora, que considero arrogante e megalomaníaca, mas hás de convir que ela é, ao mesmo tempo, talentosa  e dedicada ao que chama de sua vida: o Theatro São Pedro e adjacências.
Arrogante, talvez pela origem; megalomaníaca porque, depois de reerguer com méritos o Theatro, atirou-se às demais obras. Enquanto ela gasta os tubos com multipalco, estacionamento e os etcéteras todos naquele local, bem que aquele baita espaço poderia servir à Ospa, que ainda amarga tempos duros para ter sua sede.
Mas nisso dona Eva até pode não ter culpa, o Estado é que deveria ter tomado uma atitude.
Uma, não: várias.
Mas o que me faz te escrever é um texto, de anteontem, se não me engano, em cujo item 2) diz que "a discussão democrática e participativa de uma política cultural republicana...", conclamando a um "movimento público da comunidade cultural" tendo, como primeira iniciativa a "retomada física" do Theatro, como se aquilo tudo lá fosse uma Bastilha.
Esse texto me fez farejar um quê de não sei quê, e me admiro que não tenhas sentido igual odor com as palavras discussão democrática, participativa, política cultural republicana, e por aí vai. Não sei se me fiz entender, mas acho o texto suspeitíssimo, só falta um hino como cortina de fundo.
Também não sei se tudo isso acima é uma defesa de dona Eva, mas me senti na obrigação de escrever, entre outros motivos, porque tenho um tiquinho de culpa em sua permanência: quando Collares começava seu governo, o Roque Fachel chegou alarmado à redação do Jornal do Comércio. Na época, eu assinava uma coluna prestigiada, "Nossa Cidade".
E o Roque pediu que eu publicasse notas de apoio à permanência da dona Eva porque, segundo ele, Collares estava pensando em tirá-la do Theatro. Publiquei, colegas de outros jornais repicaram e aumentaram ... e ela está lá até hoje
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Vera Regina Marques
Querido Prévidi:
Sou leitora do teu blog há anos e sempre o recomendei e enviei aos meus amigos.
Nos últimos tempos, contudo, tenho andado  bem chateada: esta campanha contra a dona Eva Sopher não está com nada! O que me espanta é ver um veículo crítico e bem humorado como o teu dar espaço a todo este veneno, disfarçado de discurso democrático, em defesa dá "coisa pública".
Pra mim, quem está orquestrando esta campanha é um bando de pretendentes a mais um "carguinho público", isso sim, inconformados que o nosso Theatro não tenha entrado no mais recente (e sempre vergonhoso) loteamento dos órgãos estatais, tão ao gosto dos parasitas que, não tendo condições  de sobreviver senão às custas de sugar um outro organismo, vivem sempre atrás de algum para chuparem.
Não sou "artista", não pertenço a qualquer grupo da elite intelectual e não recebo qualquer tipo de grana (jetons, propina etc) pra defender a dona Eva; sou uma reles representante do povo. Ponto.
Mas prefiro mil vezes a dona Eva, com seu pulso de ferro a comandar as obras do teatro, do multipalco, do estacionamento, seja lá o que for, do que ver tudo ir abaixo sob o tacão dos fatídicos "CCs" que tomarão conta do pedaço, caso ele venha a cair nas mãos dos indicados político-partidários da vez.
Já embromaram por décadas o Teatro da Ospa; idem com o Cais Mauá; agora, vão iniciar o processo de destruição do Theatro São Pedro. Que barbaridade!...
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Wanderley Soares
Prévidi, tenho te acompanhado. Quero te dar um grande abraço pelas matéria da Evinha do São Pedro. 

2 comentários:

  1. A dita apropriação do espaço público pelo interesse privado fica bem clara na área cultural do estado do RS.Governos que nunca tiveeram política cultural que refletisse o pensamento político vencedor nas urnas se viram reféns desta cultura perfume frances.Quem decidiu que construir um simulacro de teatrinho ao lado de um centenário teatro de aldeia como TSP era prioridade? -Dona Eva.O escândalo do abandono dos equipamentos culturais no nosso estado jamais é citado na grande imprensa.O endeusamento da prussiana senhora veio por acréscimo.Agora parece que ela quer mais dinheiro para cobrir o teatro!!.Ramsés II tb gostavad e de monumentos ao seu ego. Pode!? No RS pode e vai ser aplaudida...

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  2. Previdi, não me espanta nem um pouco que não tenha havido eco aos teus comentários.
    Mitos são mitos e ninguém quer derrubá-los. É melhor fechar os olhas, os ouvidos e a boca, como aqueles três macaquinhos...
    Abraço

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